Bispos de Myanmar pedem mais esforço para combater a Aids no país
Yangon (RV) – Os bispos de Myanmar pedem a renovação do empenho das paróquias
na prevenção contra a Aids, bem como um melhor atendimento aos soropositivos. Em uma
carta pastoral difundida por ocasião do Dia Mundial de Luta contra o HIV/Aids (1º
de dezembro), os prelados chamam a atenção para a pandemia no país.
Um relatório
da Agência das Nações Unidas para a Aids, a Unaids, apontou Myanmar como o país com
o maior número de contágios no sudeste asiático. A carta tem como objetivo recordar
a gravidade do problema e a necessidade de se trabalhar em conjunto para combate-lo.
“Poderíamos contribuir muito com a diminuição dos contágios se as nossas paróquias
se transformassem em locais de acolhimento para as pessoas portadoras do vírus, locais
onde pudessem ser feitas avaliações médicas, indicações de locais onde fazer testes
e receber auxílio, com centros informativos que possam dar sustento moral e espiritual”.
O documento aponta como principais fatores da difusão do vírus a ignorância
e a discriminação: “a nossa gente não sabe quando fazer o teste, muitos temem que
outros venham a saber e portanto não o fazem; como resultado, não recebem ajuda do
governo e difundem ainda mais a doença”.
Dados oficiais mostram quem entre
2008 e 2010 morreu uma média de 68 pessoas por dia devido a doenças relacionadas à
Aids, sendo que os mais expostos são os jovens entre 16 e 30 anos.
Segundo
a Rede Católica de Myanmar contra a Aids, diversas dioceses do país já deram início
a programas educativos de prevenções e a serviços de assistência a domicílio aos doentes.
(ED)