Angelus: Papa fala sobre João Batista, seu exemplo de sobriedade e seu apelo à conversão
Cidade do Vaticano (RV) – Mesmo com o céu escuro de um tempo chuvoso, a Praça
São Pedro, neste domingo, estava tomada de fiéis e peregrinos, que vieram de diversas
partes do mundo para acompanhar a oração mariana do Angelus conduzida pelo Santo Padre.
O Papa começou seu discurso lembrando: “Este domingo marca a segunda etapa do Tempo
do Advento. Este período do ano litúrgico destaca as duas figuras que tiveram um papel
proeminente na preparação da vinda histórica do Senhor Jesus: a Virgem Maria e São
João Batista”.
Em seguida o Pontífice discorreu justamente sobre São João Batista,
figura na qual se concentrava o texto deste domingo do Evangelho de Marcos: “Começando
pelo aspecto externo, João vem apresentado como uma figura muito ascética: vestido
de pele de camelo, nutre-se gafanhoto e mel selvagem, que encontra no deserto da Judeia
(cfr Mc 1,6). O próprio Jesus, uma vez, o contrapôs àqueles que “estão nos palácios
do rei” e que “vestem trajes de luxo” (Mt 11,8). O estilo de João Batista deveria
chamar-nos - a todos os cristãos - a escolher a sobriedade como estilo de vida, especialmente
em preparação à festa de Natal, na qual o Senhor – como diria São Paulo – 'de rico
que era, se fez pobre por vós, para que vós vos transformeis ricos por meio da pobreza'
”.
Em seguida, o Papa destacou “o apelo extraordinário à conversão” que vem
de João, e acrescentou que “o apelo de João vai portanto além e mais profundamente
que a sobriedade do estilo de vida: chama a uma mudança interior, a partir do reconhecimento
e da confissão do próprio pecado”.
Bento XVI lembrou-nos de que “enquanto nos
preparamos para o Natal, é importante que entremos em nós mesmos e façamos um exame
sincero sobre a nossa vida”. “Deixemo-nos iluminar por um raio da luz proveniente
de Belém – disse o Papa - a luz Daquele que é ‘o Maior’ e se fez pequeno, ‘o mais
Forte’ e se fez fraco”.
E o Papa concluiu: “à intercessão materna de Maria,
Virgem da espera, confiemos nosso caminho em direção ao Senhor que vem, enquanto prosseguimos
o nosso itinerário de Advento para preparar no nosso coração e na nossa vida a vinda
do Emanuel, o Deus-conosco”.
Ao final da oração mariana do Angelus, Bento
XVI fez um apelo por todas as pessoas que são obrigadas a deixarem seus países e aos
que se tornam apátridas, pedindo a solidariedade de todos para com esses irmãos. (ED)