Kinshasa (RV) – “As eleições se realizaram, mas numa desordem generalizada”:
foi o que disse à agência Fides, Padre Loris Cattani, missionário xaveriano, atento
observador da situação da República Democrática do Congo, onde em 28 de novembro se
realizaram as eleições presidenciais e legislativas. “Em várias seções faltavam materiais
eleitorais, cédulas para a votação nas urnas, e vários eleitores não encontravam o
seu nome nas listas presentes nas seções, e tiveram de procurar as seções onde estavam
inscritos” – explica Padre Loris.
“Por este motivo nas seções sem urnas e
sem cédulas eleitorais, que não puderam ser abertas na segunda-feira, 28 de novembro,
as eleições foram prolongadas até 29 de novembro. Não sei exatamente quantas são essas
seções, mas estão espalhadas um pouco em todo o território congolês, desde a capital
Kinshasa, até Katanga e ao Kivu”.
Os primeiros resultados oficiais serão publicados
nos primeiros dias. A União Africana e a União Europeia lançaram apelos para que os
resultados da votação sejam aceitos por todos os candidatos. Os observadores eleitorais
constataram várias irregularidades. É necessário estabelecer se se trata de irregularidade
devido a atrasos ou dificuldades organizacionais e a erros técnicos e de moradia ou
se se trata de fraudes intencionais. “Foram assinalados casos de cédulas já preenchidas
em favor de um determinado candidato, mas é preciso ainda investigar para verificar
estes fatos” – conclui Padre Loris. (SP)