Dom Claudio Hummes: "Familiaris Consortio foi marco no pontificado de JPII"
Cidade
do Vaticano (RV) - Com a audiência especial com Bento XVI, os membros do Pontifício
Conselho para a Família encerram-se nesta quinta-feira os trabalhos de sua Assembleia
Plenária.
Os debates tiveram como tema – na ocasião dos 30 anos de criação
do Conselho e da Exortação Apostólica “Familiaris Consortio” – o papel que este documento
criado por João Paulo II desempenha na atual situação familiar.
Neste último
dia de trabalhos, nós entrevistamos o Cardeal Dom Claudio Hummes, Prefeito emérito
da Congregação para o Clero, arcebispo emérito de São Paulo, e membro do Pontifício
Conselho para a Família:
“Foi um dos grandes documentos de JPII. Ele, que era
um Papa muito convencido da fundamental importância da família para a Igreja e para
a sociedade também. Foi algo que a Igreja tinha que sempre sublinhar: que a família
é uma instituição natural, fundamental para a sociedade, mas também para a Igreja.
A Igreja vê na família o primeiro núcleo de evangelização; as crianças nascem, são
evangelizadas pela família, crescem no exemplo, na palavra dos pais, pelo modo como
convivem dentro deste núcleo. A família deve ser sempre o núcleo, o Santuário da Vida,
como dizia o Papa: uma comunidade de amor. É o ambiente ideal para uma criança crescer
e desenvolver em si, assimilar, sobretudo, os grandes valores, seja humanos como cristãos”.
“É interessante que hoje em dia, a psicologia e a pedagogia dizem que as crianças
nos primeiros 6 anos, assimilam mais fortemente sejas a coisas boas como más, que
depois marcarão toda a sua vida. Se ela agir contra os princípios que recebeu, sempre,
por dentro, haverá uma voz que a chamará de volta para o bem”.
“Este documento
foi um documento muito feliz porque realmente foi acolhido em todo o mundo, transformou
a pastoral familiar em todo o mundo da Igreja, deu orientações muito claras e fundamentais
sobre o que é o sacramento do matrimônio, o que o Papa chama Evangelho do Matrimônio,
Evangelho da Família. Tudo isso fez com que este documento fosse um marco do pontificado
de João Paulo II”. (CM)