2011-12-01 15:39:42

América Latina reduz níveis de pobreza


Nova Iorque (RV) – Os níveis de pobreza na América Latina caíram para os menores níveis em duas décadas, de acordo com um novo relatório das Nações Unidas que destaca o gasto público como um dos fatores-chave que permitiu que o continente continuasse a crescer apesar da crise econômica mundial.

Entre 1990 e 2010, a taxa de pobreza caiu de 48,4% para 31,4%, enquanto os níveis de indigência – pobreza extrema – caíram de 22,6% para 12,3%.

O declínio nas taxas deve-se principalmente a um aumento nos salários, segundo a CEPAL, Comissão Econômica para a América Latina e Caribe. Transferências de dinheiro público também foram um fator contribuinte, mas em muito menor grau.

O relatório, apresentado ontem em Santiago, Chile, prevê que a região vai fechar este ano com 174 milhões de pessoas vivendo na pobreza em comparação com 177 milhões em 2010.

"A pobreza e a desigualdade continuam a cair na região, o que é uma boa notícia, especialmente em meio a uma crise econômica internacional", disse a Secretária-Executiva da CEPAL, Alicia Bárcena.

O relatório também prevê que a taxa de pobreza continuará a cair em 2012. No entanto, ele afirma que a taxa de indigência pode ter aumentado ligeiramente (até 12,8 por cento) por causa do aumento dos preços dos alimentos.

O relatório revela que os gastos públicos, e das despesas sociais em particular, receberam um impulso significativo na maioria dos países nos últimos 20 anos.

"Em resposta à crise econômica global, os países optaram por expandir temporariamente as despesas públicas ao invés de reduzi-las, que era tradicionalmente a ação tomada. Entretanto a expansão ainda impediu o aumento do desemprego e vulnerabilidade social”, diz o relatório.

O relatório destaca os países que tiveram quedas substanciais na pobreza no ano passado, incluindo Peru, Equador, Argentina, Uruguai e Colômbia.

No entanto, a CEPAL adverte que o progresso é ameaçado por lacunas na estrutura produtiva da região e pelos mercados de trabalho sem proteção social. Apenas quatro de cada 10 trabalhadores com trabalho formal estão matriculados no sistema de previdência social, com uma grande maioria das pessoas idosas, mulheres e trabalhadores em áreas rurais serem deixadas de fora de seus benefícios.(RB)








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