2011-11-30 14:58:38

Retomar «luta» por uma sociedade mais equitativa, pede Comissão Justiça e Paz de Coimbra


(30/11/2011) A Comissão Justiça e Paz de Coimbra incentiva os fiéis a retomarem a “luta” por uma sociedade mais equitativa, preconizada há 40 anos pelo documento “A Justiça no Mundo”
“A temática da justiça, ou melhor, da luta pela justiça é hoje um desafio a que todos somos chamados numa sociedade tão marcada por injustiças, seja a nível pessoal, grupal, regional, nacional ou internacional”, salienta o organismo diocesano, em comunicado.
A Comissão lamenta que o “texto profético” publicado a 30 de novembro de 1971 tenha sido “sistematicamente ignorado pela comunidade cristã”, uma vez que coloca “questões fundamentais tanto para a organização do mundo como da Igreja”.
Depois de ter reacendido o debate à volta do documento “A Justiça no Mundo”através do seminário “Superar (in)justiças”, , aquela organização católica quer agora difundir a obra “pelo maior número de pessoas e instituições”.
Numa análise às principais ideias defendidas pelos bispos, os responsáveis pela Justiça e Paz de Coimbra destacam a noção de que “a participação na transformação do mundo” está “claramente” ligada à “pregação do Evangelho, à missão da Igreja em prol da redenção e da libertação do género humano de todas as situações de opressão”.
“Significa que não pode haver autêntica evangelização sem a promoção da justiça e a transformação das estruturas sociais”, aponta o organismo, que chama a atenção para a importância de se saber ler os “sinais dos tempos”.
Para a Comissão Diocesana Justiça e Paz de Coimbra, é preciso ter consciência de que “a mensagem cristã não é um todo acabado que se conserve imutável na Igreja desde as suas origens”.
Aquele organismo católico espera que a Igreja possa “dar o exemplo na prática da justiça nas suas atitudes, nas suas relações e nas suas instituições, promovendo a liberdade de expressão e de pensamento e a efetiva participação de todos, especialmente dos leigos e, dentre estes, da mulher”.
Considerando que “a luta pela justiça tem de ser uma luta contínua”, defende-se ainda que as estruturas eclesiais apostem numa “educação para a justiça”, que supere o “individualismo e a exaltação da posse” e que conduza à construção de “comunidades verdadeiramente humanas”.








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