2011-11-30 18:36:43

Dia Mundial da Luta contra a Aids: relatório mostra avanços nessa batalha


Genebra (RV) – Nesta quinta-feira, celebra-se a Dia Mundial da Luta contra a Aids. Por essa ocasião, as Nações Unidas publicaram um relatório que traz boas notícias: as mortes relacionadas ao HIV/Aids caíram 22% nos últimos cinco anos, período no qual o número de pessoas infectadas pelo vírus diminuiu 15%.

O documento foi elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Segundo a Agência Efe, o relatório destaca, entre as causas dessa mudança, o aumento do acesso aos testes de detecção do vírus da Aids na África, o que beneficiou 61% das mulheres grávidas no leste e sul do continente, 14% a mais que em 2005.

Outros avanços importantes: 48% das gestantes soropositivas recebem atualmente uma medicação específica para evitar a transmissão ao bebê; 6 milhões e meio de pessoas portadoras do vírus em países pobres e em desenvolvimento (onde se estima 14 milhões de infectados) recebem tratamento antirretroviral (ART).

A contrapartida é que mais da metade das pessoas que precisam de um tratamento com antirretrovirais em países de baixa renda ainda não têm acesso aos medicamentos e, em muitos casos, nem sequer sabem que são portadores do HIV.

A nível global, as mulheres correspondem a 64% da população entre 15 e 24 anos infectada pelo HIV, sendo que na África Subsaaariana esse número aumenta para 71%.

O tratamento com antirretrovirais chega menos às crianças que aos adultos. Nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, somente uma em cada quatro crianças com o vírus recebeu tratamento em 2010, já os adultos foram um em cada dois.

O relatório aponta que na Ásia houve uma estabilização da epidemia, com 4 milhões e 800 mil de infectados (dos quais 49% na Índia). Estabilizaram-se as contaminações também na América Latina e no Caribe (em torno de 1 milhão e 700 mil).

O aumento mais drástico se deu no leste da Europa e Ásia Central, onde os novos infectados aumentaram em 250% na última década, com 90% dos casos na Rússia e Ucrânia.

No Oriente Médio e no norte da África também se viu um aumento, com 59 mil pessoas infectadas em 2010, 36% a mais em relação a 2009.

Em mensagem para esse dia, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon, disse que “estamos entrando na quarta década do início da luta contra a Aids e estamos finalmente preparados para acabar com essa epidemia”.

“Entre os grupos de risco – ressaltou ele – a situação está mudando. O maior acesso aos serviços de prevenção do HIV está ajudando jovens, profissionais do sexo e seus clientes, pessoas que usam drogas injetáveis, homens que têm relações sexuais com outros homens e transexuais a tomar as rédeas do controle da própria saúde e assim alcançar melhor qualidade de vida”.

Ban relembrou os objetivos estabelecidos para 2015 quanto à eliminação do HIV/Aids: diminuir em 50% as transmissões sexuais do vírus, eliminar as novas infecções nas crianças, fornecer tratamento a 15 milhões de pessoas soropositivas, por fim à discriminação e cobrir o deficit nos financiamentos para a Aids.

“Devemos persistir em nossa política e manter o investimento, o entusiasmo, o dinamismo e a determinação que nos permitiram chegar a este momento crítico. Temos o impulso necessário para triunfar. Este é o momento de se aproveitar a oportunidade para finalmente pôr fim à AIDS”, concluiu Ban. (ED)








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