2011-11-26 15:20:14

Bento XVI sobre Beato João Paulo II: "A fé inabalável penetrou sua fraqueza física"


Cidade do Vaticano (RV) - Bento XVI recebeu, neste sábado, na Sala Clementina, no Vaticano, cerca de quinhentos participantes da 26ª Conferência Internacional intitulada "A Pastoral da Saúde a serviço da vida à luz do magistério do Beato João Paulo II", promovida pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde.

A força no momento de fraqueza. Este foi o testemunho do Papa Wojtyla nos últimos anos de sua vida. "Este Evangelho da Vida é a última herança preciosa deixada pelo Beato João Paulo II" – destacou Bento XVI.

O Pontífice recordou que João Paulo II instituiu, em 1985, o Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, estabeleceu a celebração do Dia Mundial do Enfermo e por último criou a Fundação 'O Bom Samaritano', "como instrumento de uma nova ação caritativa para com os doentes pobres em vários países".

Bento XVI recordou a Carta Apostólica Salvifici Doloris de João Paulo II, publicada em 1984, que mostra a razão cristã diante da enfermidade e do sofrimento: "O mistério da dor parece ofuscar o rosto de Deus, tornando-o quase um estranho ou mesmo identificando-o como responsável pelo sofrimento humano, mas os olhos da fé são capazes de olhar profundamente este mistério. Deus se encarnou, se fez homem, também em suas situações mais difíceis; não eliminou o sofrimento, mas no Ressuscitado, no Filho de Deus que sofreu até a morte e morte de cruz, Ele revela que o seu amor desce também ao abismo mais profundo do ser humano para dar-lhe esperança" - destacou o Papa.

Esta visão da dor e do sofrimento iluminada pela morte e ressurreição de Cristo foi testemunhada pelo Papa Wojtyla, no lento calvário que marcou os últimos anos de sua vida: "A fé inabalável penetrou sua fraqueza física, tornando sua doença, vivida por amor a Deus, à Igreja e ao mundo, uma concreta participação no caminho de Cristo para o Calvário. A seqüela de Cristo não poupou ao Beato João Paulo II de tomar a sua cruz todos os dias até o fim, para ser como o seu único Mestre e Senhor, que da Cruz tornou-se ponto de atração e salvação para a humanidade e manifestou a sua glória" - concluiu Bento XVI. (MJ)







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