2011-11-25 14:12:20

Central de Atendimento à Mulher poderá ser acessada do exterior


RealAudioMP3 Brasília (RV) – A Central de Atendimento à Mulher, que atende pelo número 180 em todo o território brasileiro, poderá ser contatada também por brasileiras vítimas de maus-tratos no exterior. O lançamento do serviço foi feito nesta sexta-feira, na sede da Central, em Brasília.

Na Itália, o número é 800 172 211. Em Portugal, o serviço será disponibilizado por meio do 800 800 550 e na Espanha via 900 990 055. Em todos os casos, o número a ser informado para acessar a Central de Atendimento à Mulher é o (61) 3799 0180. A ligação é gratuita.

A Ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Irini Lopes, conversou com a Rádio Vaticano sobre como o serviço vai funcionar.

“Dependendo de cada caso, acionaremos nossas representações nesses países. Em alguns deles, o problema poderá ser resolvido por meio de acordos internacionais, em outros, as autoridades policiais serão envolvidas. Contudo, nada será feito sem o consentimento das vítimas. A denúncia é anônima”.

Brasileiras que se encontrem em situação de risco terão acesso ao serviço, oferecido diuturnamente, de forma gratuita e em caráter confidencial.

Criada em 2006, a Central de Atendimento à Mulher recebe, em média, cento e trinta ligações diárias, totalizando mais de dois milhões de atendimentos nos últimos cinco anos. A partir de janeiro de 2007, quando o sistema foi adaptado para receber informações sobre a Lei Maria da Penha a busca por este serviço contabilizou 438.587 registros.

Perfil

A maior parte das mulheres que entrou em contato com o Ligue 180 e que também é vítima da violência tem de 20 a 40 anos (26.676), possui ensino fundamental completo ou incompleto (16.000), convive com o agressor por 10 anos ou mais, 40% e 82% das denúncias são feitas pela própria vítima.

O percentual de mulheres que declaram não depender financeiramente do agressor é 44%. E 74% dos crimes são cometidos por homens com quem as vítimas possuem vínculos afetivos/sexuais (companheiro, cônjuge ou namorado). Os números mostram que 66% dos filhos presenciam a violência e 20% sofrem violência junto com a mãe.

Os dados apontam que 38% das mulheres sofrem violência desde o início da relação e 60% delas relataram que as ocorrências de violência são diárias.








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