Belo Horizonte (RV) - Encerrou-se ontem o Simpósio “O Dom do Celibato”, promovido
pela Arquidiocese de Belo Horizonte. O objetivo foi retomar a centralidade deste tema,
no desejo de descortinar novas perspectivas quanto à compreensão de seu inestimável
valor, e conscientizar-se da necessidade da descoberta de horizontes que possibilitem
a formação progressiva para a vivência madura, plena e frutuosa do dom do celibato
na vida e na missão da Igreja.
Participaram bispos, padres, reitores e formadores
de seminários, diretores de institutos de Filosofia e Teologia, seminaristas, religiosos
e religiosas.
O encontro foi encerrado com uma oração presidida pelo cardeal
estadunidense William Levada, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Em suas
considerações sobre os “Delicta Graviora” e enquanto responsável no Vaticano pelos
procedimentos relativos às denúncias de pedofilia contra integrantes da Igreja, o
cardeal afirmou que o celibato não tem relação com as centenas de denúncias de casos
de pedofilia envolvendo padres.
Nesta quarta-feira, o arcebispo metropolitano
de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, anunciou que futuramente será publicado
um livro com as conferências realizadas durante o Simpósio ‘O Dom do Celibato’, iniciado
no dia 21, na capital mineira.
O arcebispo avaliou positivamente o encontro:
“É importante que a sociedade compreenda o celibato como um dom” - comentou Dom Walmor.
O
arcebispo de Palmas (TO), Dom Pedro Brito Guimarães, presidente da Comissão Episcopal
Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, também salientou
a importância do encontro, afirmando que o conceito de celibato é rico e exige, para
sua melhor compreensão, uma abordagem interdisciplinar.
O arcebispo de Brasília,
Dom Sérgio da Rocha, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da
Fé da CNBB, ressaltou que o celibato não deve ser compreendido como fardo. “É uma
opção de vida que se faz, um dom” - explicou. (CM)