Secretário-Geral da ONU: "Direito das mulheres de viverem livres da violência é inalienável"
Nova York (RV) - Celebra-se na próxima sexta-feira, 25, o Dia Internacional
para Eliminação da Violência contra a Mulher.
Numa mensagem, o Secretário-Geral
da ONU, Ban Ki-moon, destaca que a violência contra a mulher é perpetrada no mundo
inteiro e assume várias formas: estupros, violência doméstica, moléstia no trabalho,
abusos na escola, infibulação e violência sexual durante conflitos armados.
"Trata-se
de um tipo de violência cometida tanto nos países em desenvolvimento quanto nos países
industrializados. A violência - e em muitos casos, a simples ameaça de violência -
é um dos maiores obstáculos para alcançar a plena igualdade das mulheres no mundo"
– frisa a mensagem.
"O direito das mulheres de viverem livres da violência
é inalienável e fundamental. Tal direito é sancionado pela legislação internacional
sobre direitos humanos e pelo direito humanitário, além de ser o centro da campanha
de sensibilização denominada UNITE para por fim à violência contra a mulher" – ressalta
Ban Ki-moon.
O Secretário-Geral da ONU sublinha que desde o seu lançamento,
em 2008, a campanha incentivou Governos, sociedades civis, empresas, atletas, homens,
mulheres e jovens do mundo inteiro a promoverem atividades, protestos e campanhas
de sensibilização, desde a tutela legal até ajudas diretas para as vítimas.
"O
nosso desafio é fazer com que a mensagem de tolerância zero seja forte e clara para
todo o mundo. Por isso, devemos envolver diretamente a sociedade, especialmente os
jovens que devem se tornar defensores dessa causa" – frisa Ban Ki-moon.
O
Secretário-Geral da ONU destaca a necessidade de promover modelos de comportamento
masculinos saudáveis. "Muitos jovens crescem ainda circundados por estereótipos negativos.
Conversando com amigos e colegas sobre a violência contra mulher e agindo contra esse
fenômeno é possível romper o círculo vicioso de comportamentos que perduram há anos"
– sublinha a mensagem.
Ban Ki-moon pede aos Governos e associações do mundo
para que ajudem a ONU a exterminar a epidemia da violência e construir uma sociedade
mais justa, pacífica e igualitária. (MJ)