Basílica Papal de Santa Maria Maior tem novo arcipreste
Cidade do Vaticano (RV) - O Papa nomeou nesta segunda-feira o arcebispo espanhol
e vice-camerlengo da Igreja Romana, Dom Santos Abril y Castelló, de 75 anos, arcipreste
da Basílica Papal de Santa Maria Maior, de Roma.
Ele substitui no cargo o
cardeal estadunidense Dom Francis Law, arcebispo emérito de Boston, que se afasta
por motivos de idade, tendo completado 80 anos no último dia 4 de novembro.
Dom
Santos Abril y Castello nasceu em 21 de setembro de 1935 em Alfambra, na Espanha,
foi ordenado sacerdote em 1960 e trabalhou no Paquistão, Turquia e Secretaria de Estado.
Em 1985 entrou no serviço diplomático da Santa Sé, sendo nomeado inicialmente núncio
apostólico na Bolívia. Recebeu a ordenação episcopal no mesmo ano.
Em 1989,
foi transferido para a nunciatura da República dos Camarões, Gabão e Guiné Equatorial
e em seguida, em 1996, para a nunciatura da Sérvia. Em 2000 retornou ao continente
latino-americano, representando Santa Sé na Argentina. Três anos depois se transferiu
para Europa, como núncio apostólico na Bósnia e Herzegóvina, Macedônia e Eslovênia.
No
início de 2011, ao completar 75 anos, renunciou às funções na diplomacia e foi nomeado
vice-camerlengo da Santa Igreja Católica Romana, na Câmara Apostólica; e desde 2 de
abril deste ano, é membro da Congregação para os Bispos.
O arcebispo foi professor
de espanhol do Papa João Paulo II, logo que foi eleito e se preparava para sua primeira
viagem internacional, ao México, em 1979.
Santa Maria Maior, uma das quatro
grandes basílicas da Cidade Eterna, (além de São Pedro, São João de Latrão e São Paulo
fora dos Muros), data do papado de Sixto III (432-440).
Santa Maria está muito
vinculada à Espanha e uma bula do Papa Inocêncio X estabelece que todos os reis da
Espanha sejam protocanônicos da Basílica. O Imperador Carlos V doou ao Papa Alexandre
VI o primeiro ouro proveniente das Américas (Peru), com o qual foi folheado parte
do teto da Basílica.
Posteriormente, nos tempos do Rei Felipe IV e em virtude
da bula "Hispaniarum Fidelitas", ficou definido que a cada ano, a Espanha doasse o
óbolo à Basílica e se celebrassem eucaristias na festividade de São Fernando (30 de
maio) e em outras ocasiões. (CM)