A minha viagem apostólica à terra
africana está a terminar. Sinto-me agradecido a Deus por estes dias passados, jubilosa
e cordialmente, convosco. Agradeço-lhe, Senhor Presidente, pelas suas amáveis palavras
e os múltiplos esforços feitos para tornar aprazível a minha estadia. Agradeço também
às diversas autoridades deste país e a todos os voluntários que contribuíram, generosamente,
para o bom êxito destes dias. Não esqueço a população inteira do Benim, que me recebeu
com caloroso entusiasmo. A minha gratidão estende-se igualmente aos membros da Igreja
Católica, aos vários Presidentes das Conferências Episcopais nacionais e regionais,
que viajaram até cá, e naturalmente, de maneira muito particular, aos Bispos do Benim. Desejei
visitar uma vez mais o continente africano, pelo qual sinto uma estima e um afecto
particular, porque estou intimamente convencido de que é uma terra de esperança –
como aliás já o disse várias vezes. Aqui encontram-se valores autênticos, capazes
de servir de inspiração para o mundo, que nada mais pedem senão poder desenvolver-se
com a ajuda de Deus e a determinação dos africanos. Para isto pode contribuir validamente
a Exortação Apostólica pós-sinodal Africæ munus, pelas perspectivas pastorais
que abre e as interessantes iniciativas que há-de suscitar. Confio-a a todos os fiéis
africanos, que saberão estudá-la com atenção e concretizá-la na sua vida diária. O
Cardeal Gantim, ilustre filho do Benim cuja estatura foi de tal modo reconhecida que
este aeroporto tem o seu nome, participou comigo em numerosos Sínodos, tendo sabido
prestar-lhes uma contribuição essencial e apreciada. Possa ele acompanhar a actuação
deste documento. Durante esta visita, pude encontrar diversas componentes da sociedade
do Benim e membros da Igreja. Estes numerosos encontros, muito diversos na sua natureza,
testemunham a possibilidade duma coexistência harmoniosa no seio da nação e entre
a Igreja e o Estado. A boa vontade e o respeito mútuo não só favorecem o diálogo,
mas são essenciais para construir a unidade entre as pessoas, as etnias e os povos.
Aliás, a primeira das três palavras do vosso lema nacional é «Fraternidade». Viver
juntos como irmãos, apesar das legítimas diferenças, não é uma utopia. Porque é que
um país africano não poderia apontar ao resto do mundo a estrada a seguir para se
viver uma autêntica fraternidade na justiça, fundada na grandeza da família e do trabalho?
Que os africanos possam viver reconciliados na paz e na justiça. Tais são os votos
que formulo, com confiada esperança, antes de deixar o Benim e o continente africano. Senhor
Presidente, renovo-lhe os meus sinceros agradecimentos que estendo a todos os seus
concidadãos, aos bispos do Benim e a todos os fiéis da nação. Desejo também encorajar
o continente inteiro a ser cada vez mais sal da terra e luz do mundo. Pela
intercessão de Nossa Senhora da África, peço a Deus que vos abençoe a todos. ACƐ MAWU
TƆN NI KƆN DO BENIN TO Ɔ BI JI [Deus abençoe o Benim]!