Bento XVI entregou Exortação apostólica que encerra segundo sínodo para a África aos
presidentes das conferências episcopais e regionais
(20/11/2011) No final da celebração da Missa em Cotonou, antes dos ritos finais,
teve lugar a entrega da exortação apostolica Africae munus aos presidentes das conferencias
episcopais da África. O Arcebispo Nikola Eterovic, secretário geral do Sínodo,
agradeceu antes de mais ao Papa por este documento, que –salientou- oferece preciosas
indicações pastorais para a atividade da Igreja em África nos próximos anos, para
uma maior dedicação, não somente na nova evangelização, mas, também, numa nova evangelização.
Segundo a Africae munus essa funda-se sobre o ministério da reconciliação, que lança
as suas raízes no coração transpassado de Cristo Jesus (cf. Jo 19, 34), do qual provêm
como dois rios a justiça e a paz, atraversando o vasto campo da Igreja Católica, alcançando
todo o continente africano. E a concluir formulou votos de que a Exortação Apostólica
Pós Sinodal possa contribuir para que a Igreja - que está em Cristo e “é como que
o sacramento, ou sinal, e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo
o género humano” (LG 1)- realize tal missão em África, tornando-se cada vez mais a
protagonista da reconciliação, qual força promotora de uma autêntica justiça e de
uma muito necessária paz. Antes de entregar atodas as Igrejas particulares na
pessoa dos Presidentes das Conferências Episcopais da África – tanto nacionais como
regionais – e os Presidentes dos Sínodos das Igrejas Orientais Católicas, Bento XVI
quis salientar que agora têm início, a nível local, as fases de assimilação e aplicação
dos dados teológicos, eclesiológicos, espirituais e pastorais contidos nesta Exortação.
Este texto pretende promover, estimular e consolidar as diversas iniciativas locais
já existentes, mas quer também inspirar outras para a Igreja Católica na África. Uma
das primeiras tarefas da Igreja - recordou - permanece o anúncio de Jesus Cristo
e do seu Evangelho ad gentes, isto é, a evangelização das pessoas que, duma
maneira ou doutra, estão afastadas da Igreja. Espero - disse - que esta Exortação
vos possa guiar no anúncio da Boa Nova de Jesus na África. Não se trata apenas duma
mensagem ou duma palavra; mas é sobretudo abertura e adesão a uma Pessoa: Jesus Cristo,
o Verbo encarnado. Só Ele possui palavras de vida eterna (cf. Jo 6, 68). A
exemplo de Cristo, todos os cristãos são chamados a irradiar a misericórdia do Pai
e a luz do Espírito Santo. A evangelização pressupõe e inclui também a reconciliação,
e promove a paz e a justiça. E o Papa concluiu em português: Amada Igreja
na África, torna-te cada vez mais o sal da terra, desta terra que Jesus Cristo abençoou
com a sua presença quando, nela, encontrou refúgio. Sê o sal da terra africana, abençoada
pelo sangue de tantos mártires, homens, mulheres e crianças, testemunhas da fé cristã
até ao dom supremo da própria vida. Torna-te luz do mundo, luz da África que muitas
vezes, no meio das provações, procura o caminho da paz e da justiça para todos os
seus habitantes. A tua luz é Jesus Cristo, «Luz do mundo» (Jo 8, 12). Que Deus te
abençoe, África bem amada!