Santa Sé pede á ONU que se ponha termo ás bombas de fragmentação
(16/11/2011) “É inaceitável assistir impotentes à morte de pessoas vítimas de bombas
de fragmentação, como o é o risco de enfraquecer as normas de direito humanitário”.
A afirmação é do Observador Permanente da Santa Sé junto da sede das Nações Unidas
em Genebra, o Arcebispo Silvano Maria Tomasi, numa sua intervenção nos trabalhos da
4º Conferência para a revisão e limitação do uso de algumas armas convencionais consideradas
danosas ou com efeitos discriminatórios.
“A Santa Sé está desiludida com a
nova postura que se está a formar em relação ao tema da eliminação das bombas de fragmentação”,
disse Dom Tomasi num tom muito firme, porém recordando os passos positivos já feitos.
Lembrou que nos últimos cinco anos, “a Conferência de Genebra dedicou grande parte
dos esforços, do tempo e dos recursos financeiros para responder aos riscos humanitários
causados por essas armas”. Em 2006, recordou, “a Santa Sé com outros cinco parceiros
apresentara um documento para pedir a adoção de um mandato para um novo protocolo
sobre esse tipo de munição”, o que não foi aceite por um grande número de delegações.
A falta de avanços na área é, para a Santa Sé, um enfraquecimento do Estado
de Direito e, “ numa situação de instabilidade internacional e um mundo incerto, o
direito internacional humanitário é uma medida de segurança indispensável”.