2011-11-16 12:27:38

Paquistão: dois cristãos religiosos obrigados a fugir do país


Roma (RV) - No Paquistão dois religiosos cristãos foram atingidos injustamente pela polêmica lei sobre a blasfêmia. Trata-se do Bispo protestante Pervaiz Joseph e do Pastore Baber George, obrigados a fugir para o exterior vítimas de falsas acusações de blasfêmia e ameaçados de morte pelos radicais islâmicos, como também pelos líderes de uma organização financiada pelo governo do Paquistão.

A denúncia, divulgada pela agência Fides, provém do Pastor Mustaq Gill, Presidente da “Legal Evangelical Association Development” (Lead), associação de cristãos de todas as confissões, que inclui sobretudo advogados e oferece assistência legal e proteção aos fiéis cristãos no Paquistão.

A Lead, refere o presidente, “organizou a fuga dos dois líderes, em perigo de vida, e hoje provê a garantir um refúgio seguro às suas famílias”. “É um episódio muito triste e emblemática das perseguições que os cristãos sofrem em nome da lei sobre a blasfêmia”, explica Gill à agência Fides, enquanto “o bispo é personalidade muito conhecida e comprometida no diálogo inter-religioso e na paz em nível nacional e provincial no Punjab”.

O bispo e o pastor trabalhavam na região de Lahore (Punjab), nos últimos sete anos encontraram vários líderes políticos e religiosos muçulmanos, enfrentando muitas questões referentes à lei sobre a blasfêmia e as condições dos cristãos.

“Nas últimas semanas – explica o Pastor Gill – precisamente durante uma dessas trocas de opiniões, eles foram acusados de ter usado palavras de desprezo contra Maomé, crime que os dois não cometeram de modo algum”. O bispo era o representante cristão do organismo “International Peace Council For Interfaith Harmony” (IPCIH), que recebe financiamentos do governo do Paquistão.

Precisamente o líder de tal Conselho, Haji Rana Tahir Rehmat, junto com outros líderes religiosos do movimento islâmico “Sunni Tehreek”, lançaram as falsas acusações de blasfêmia, deslegitimando os líderes cristãos e acabando com anos de trabalho comum.

Segundo alguns, os dois cristãos tornaram-se invisíveis para o Conselho, porque eles decidiram iniciar uma nova associação para proteger os direitos das comunidades cristãs no Paquistão. Sobre a questão, falou o Ministro paquistanês para a harmonia nacional, o católico Akram Gill, assegurando que “adquirirá todas as informações necessárias sobre o caso e tomará as medidas adequadas”. (SP)








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