"Viva a República!", ouvia-se pelas ruas do Rio de Janeiro 122 anos atrás
Brasília (RV) – 15 de novembro, o Brasil festeja o Dia da Proclamação da República.
Era o ano de 1889 quando, ao amanhecer do dia 15 de novembro, o Marechal Deodoro
da Fonseca saiu de sua residência, atravessou o Campo de Santana e conclamou os soldados
do batalhão ali aquartelado - onde hoje se localiza o Palácio Duque de Caxias - a
se rebelarem contra o governo. Montado em um cavalo, o Marechal teria tirado o chapéu
e proclamado: "Viva a República!".
A manifestação prosseguiu com um desfile
de tropas pela Rua Direita, atual rua 1º de Março, até o Paço Imperial. Disse que
o povo brasileiro assistiu a tudo isso um pouco anestesiado, sem entender bem o que
estava acontecendo. Essa não teria sido uma revolução de cunho popular.
O Marechal
estava sendo o porta-voz de um levante político-militar que derrubou a monarquia,
instaurada no Brasil por Dom Pedro I, em 1822, tendo como marco o seu grito de “independência
ou morte!”. Porém, ao longo desses 67 anos de monarquia, os desgastes do regime com
seus privilégios e corrupções, as interferências na Igreja Católica, a censura imposta
ao militares e a preferência pela marinha, a classe média e os profissionais liberais
que desejavam mais liberdade política, a falta de apoio aos grandes proprietários
e o fortalecimento do movimento republicano depuseram o Imperador.
Assim teve
fim o período da história brasileira conhecido como Brasil Império, e a família real
voltou para Portugal. Com o Marechal Deodoro da Fonseca à frente, foi proclamada a
República dos Estados Unidos do Brasil.
Naquela época, corriam pelas nossas
terras os ventos da Revolução Francesa, soprando ideias de democracia, de liberdade,
de igualdade, de fraternidade. 122 anos depois, que ventos sopram, quais ideias, nas
nossas consciências brasileiras?! (ED)