2011-11-15 11:40:29

Mindanao: assassinado diretor de jornal


General Santos City (RV) - O Diretor do jornal de Mindanao "Brigada News", Alfredo Velarde, foi morto domingo em General Santos City por um homem que atirou nele a queima roupa. Velrade, 45 anos, administrava a distribuição do jornal numa editora enraizada e difundida em Mindanao, que também tem uma rádio e uma televisão no sul das Filipinas. Desconhecidos os motivos do homicídio que as associações para os direitos humanos estigmatizaram como “outra execução extra-judicial em Mindanao”. Eram também de General Santos 14 dos 32 jornalistas e profissionais da mídia mortos no massacre de 23 de novembro de 2009, ligados ao clã "Ampatuan".

A lista de homicídios impunes em Mindanao inclui advogados, ativistas de direitos humanos, missionários, religiosos e sindicalistas: dentre os últimos o missionário do PIME Pe. Fausto Tentorio, morto a tiros em 17 de outubro passado. O jesuíta, Padre Alejo, Diretor do Instituto para o "Diálogo em Mindanao" na Universidade de Davao, disse à agência Fides “Vivemos um momento muito difícil. Estamos muito preocupados porque existe uma grande falta de respeito pelo Estado de Direito e pelas forças que deveriam aplicá-lo. Parece que o Governo se esqueceu de Mindanao e a situação piora: corrupção, impunidade e criminalidade tomam conta, a paz e o desenvolvimento se distanciam”.

Segundo o jesuíta, são vários os fatores que afetam a situação: “O processo de paz com grupos comunistas e com os rebeldes islâmicos foi interrompido e a posição do Governo parece ser a militar; há uma tendência a se dividir em facções, tanto no Governo quanto nos tais grupos, e a fragmentação não ajuda; está florescendo uma espécie de economia paralela que encontra benefícios no elevado índice de conflito e que diz respeito ao tráfico de armas e a tráficos de outros tipos”. O Movimento “Justiça para Padre Tentorio” levou ao conhecimento da opinião pública a questão do longo rastro de homicídios extrajudiciais nas Filipinas.

No ano passado, sob o Governo de Benigno Aquino, foram pelo menos 60. Nos oito anos de Governo de Gloria Arroyo, foram encontradas 1.118 vítimas de execuções sumárias. (SP)








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