D. Carlos Azevedo nomeado delegado do Conselho Pontifício para a Cultura. Bispo auxiliar
de Lisboa espera colaborar na criação de «propostas pastorais inovadoras»
(11/11/2011) D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa, foi nomeado por Bento XVI
como “delegado do Conselho Pontifício para a Cultura" (CPC). O prelado, historiador
de formação, nasceu em Milheiros de Poiares, Santa Maria da Feira, a 4 de setembro
de 1953. Depois de estudar nos Seminários do Porto e no Instituto de Ciência Humanas
e Teológicas, doutorou-se em 1986, na Faculdade de História Eclesiástica da Universidade
Gregoriana, em Roma. D. Carlos Azevedo foi presidente da direção do Centro de Estudos
de História Religiosa da UCP, de 1992 a 2001, e dirigiu a obra ‘Dicionário e História
religiosa de Portugal’, editada pelo Círculo de Leitores, tendo sido também presidente
da Comissão científica para a publicação da Documentação crítica de Fátima (1998-2008). Em
Portugal, organizou várias exposições de arte religiosa e dirigiu vários projetos
editoriais de revistas e coleções de livros. Foi nomeado por João Paulo II como
bispo auxiliar de Lisboa a 4 de fevereiro de 2005 e ordenado no Porto, a 2 de abril
de 2005. Na Conferência Episcopal Portuguesa ocupou os cargos de secretário, presidente
da Comissão Episcopal de Pastoral Social e membro da Comissão Episcopal da Cultura,
Bens Culturais e Comunicações Sociais. Em declarações à Agência ECCLESIA, o prelado
fala num “momento de profunda alteração no estilo de serviço à Igreja”. “Anima-me
a vontade de estar ao serviço da relação entre culturas e nova evangelização, estética
e espiritualidade, agora renovada na colaboração a dar às instituições eclesiais na
criação de propostas pastorais inovadoras, a partir dos bens culturais”, observa.
D.
Carlos Azevedo fala num “desafio às capacidades de organização” e admite “alguma experiência
adquirida no campo da relação da fé com a cultura e na valorização do papel da memória
para o futuro, em obediência à tradição viva da fé cristã”. “Agradeço, muito reconhecido,
esta prova de confiança”, acrescenta, antes de revelar que o convite da Santa Sé lhe
foi colocado em abril deste ano. “Sou chamado a concentrar o ministério num sector
específico, sem a dispersão desgastante que caracterizou estes seis anos, levado a
responder à diversidade de solicitações pastorais, na ordem social e cultural”, conclui.