2011-11-02 13:03:06

"Não morro, entro na vida"


Campanha (RV) - Nesse dia 02 de novembro celebramos em todo o mundo católico a comemoração dos fiéis defuntos. Ocasião rica de significado para a reflexão acerca do mistério de nossa própria vida e, também, para recordarmos das pessoas queridas que fizeram parte de nossas vidas e tendo trilhado como nós os caminhos da história foram viver no coração de Deus.

A frase com que iniciamos essa breve reflexão, extraída dos escritos de Santa Terezinha do Menino Jesus, a santa da “pequena via”, com a simplicidade e humildade que lhe são características nos comunicam o sentido dessa celebração para aqueles que crêem. A morte não é um fim, mas o começo da vida eterna em Deus. Assim, por mais que devamos viver já nesse mundo a maravilha da filiação divina e do seguimento da Palavra de Deus, que é Jesus, é através da porta indispensável da morte, enquanto passagem, que entraremos na posse dos bens definitivos.

Jesus nos adverte nos Evangelhos para estarmos atentos e preparados para receber a morte que vem “como ladrão, quando ninguém a espera”. Assim, nessa comemoração dos fiéis defuntos, pensamos primeiramente em nossa própria vida. A fugacidade da nossa existência nesse mundo é um apelo constante para colocarmos a nossa esperança e confiança em Deus e, sobretudo, para nos abrirmos com a força da vontade e da liberdade, para a sua graça, para sermos dignos da vida junto Dele eternamente.

A Igreja nos ensina sobre a legitimidade e valor de nossas orações pelos que morreram, seja através do oferecimento de santas missas, das indulgências, da mortificação e de nossas piedosas orações. Devemos implorar a Deus, confiantes em sua inalcançável misericórdia que acolha na glória todos os que morreram, oxalá aqueles que nos foram caros e aos quais queremos estar unidos um dia na eterna felicidade.

Nessa celebração queremos reafirmar a nossa fé em Jesus, nosso Senhor e Deus, primogênito dentre os mortos, e que, ressuscitado, nos abriu as portas da vida. A salvação que Ele nos alcançou, uma vez por todas, é o objetivo que perseguimos através de nossa adesão ao seu projeto e a misericórdia de Deus, da qual Ele é a máxima revelação, é à que recomendamos os nossos caros fiéis defuntos, até o dia em que nos será dito a todos: “Vinde benditos de meu Pai, entrai no reino que vos está preparado” (Mt 25,34).

Padre Wagner Augusto Portugal
Vigário Judicial da Diocese da Campanha, MG







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