Festa de Todos os Santos e comemoração dos fiéis defuntos, lembradas por Bento XVI
que convida a rezar por quem já morreu e fala em «certeza da ressurreição»
(1/11/2011) A respeito da celebração dos fiéis defuntos, que a Igreja comemora esta
quarta-feira,Bento XVI convidou hoje os católicos a rezarem por quem já morreu, falando
numa “certeza” de vida para lá da morte. “Desde os primeiros tempos da fé cristã,
a Igreja terrena – reconhecendo a comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo
– cultivou com grande piedade a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios por eles”,
disse, antes da recitação da oração do Angelus, da janela dos seus aposentos, no Vaticano,
neste 1 de Novembro, solenidade de todos os Santos. O Papa considera que a oração
pelos mortos é “não só útil, mas necessária”, deixando votos de que “o pranto, devido
ao afastamento terreno, não prevaleça sobre a certeza da ressurreição”. “Também
a visita aos cemitérios, ao mesmo tempo que guarda os laços de afeto com aqueles que
nos amaram nesta vida, recorda-nos que todos tendemos para uma outra vida, para lá
da morte”, observou. “A comemoração dos fiéis defuntos, à qual é dedicada o dia
de amanhã, 2 de novembro, ajuda-nos a recordar os nossos entes queridos que nos deixaram
e todas as almas a caminho da plenitude da vida, precisamente no horizonte da Igreja
celestial, à qual a Solenidade de hoje nos elevou”, prosseguiu Bento XVI , perante
milhares de pessoas congregadas na Praça de São Pedro. Num dia que é feriado em
vários países, Bento XVI disse que a Festa de Todos os Santos é “uma ocasião propícia
para elevar o olhar para lá das realidades terrenas” para a “dimensão de Deus, a dimensão
da eternidade e da santidade”. “Somos convidados, por isso, a olhar para a Igreja
não no seu aspeto temporal e humano, marcado pela fragilidade, mas como Cristo a quis,
ou seja, ‘comunhão dos santos’”. No Credo professamo-la santa enquanto é o Corpo de
Cristo, é instrumento de participação nos santos Mistérios, em primeiro lugar a Eucaristia,
e família dos Santos, a cuja protecção somo confiados no dia do Baptismo. Hoje veneramos
precisamente esta “incontável comunidade de Todos os Santos, os quais, através dos
seus diversos percursos de vida, mostram diversas estradas de santidade”. “Esta
festa maravilhosa, juntamente com a comemoração dos fiéis defuntos, fala-nos da beleza
da nossa fé e da alegria que nos espera no Céu com as nossas pessoas amadas que adormeceram
em Cristo”, disse, em inglês. Saudando os peregrinos franceses, Bento XVI disse
que em cada pessoa brilha uma “centelha da luz de Deus” que é chamada a “resplandecer”.