7 bilhões de habitantes sobre a Terra: o que nos ensina a "Caritas in Veritate"
Cidade do Vaticano (RV) – Como anunciaram as Nações Unidas, nesta segunda-feira,
nasceu o habitante de número sete bilhões. Bento XVI, na encíclica Caritas in Varitate,
aborda questões como o crescimento demográfico, desenvolvimento e recursos que, nesse
momento em especial, devem ser revistas. Vamos a algumas delas.
No ponto 28,
por exemplo, o Santo Padre assinala: “Um dos aspectos mais evidentes do desenvolvimento
atual é a importância do tema do respeito pela vida que não pode, de modo algum, ser
separado das questões de desenvolvimento dos povos. Trata-se de um aspecto que, nos
últimos tempos, está assumindo uma relevância sempre maior, obrigando a alargar os
conceitos de pobreza e de subdesenvolvimento às questões ligadas ao acolhimento da
vida, sobretudo onde esta é, de várias formas impedida”.
Outra afirmação que
faz o Pontífice é a de que “considerar o aumento da população como causa primeira
do subdesenvolvimento é incorreto, inclusive do ponto de vista econômico: basta pensar,
de uma parte, na significativa diminuição da mortalidade infantil e no prolongamento
da vida média que registram os países economicamente desenvolvidos, enquanto de outra
parte, nos sinais da crise se mostram na queda da natalidade”.
Bento XVI escreve,
no documento, sobre a procriação responsável, que ele considera como “fator contributivo
a uma procriação responsável”. “A Igreja – destaca no texto – que tem no coração o
verdadeiro desenvolvimento do homem, recomenda o pleno respeito pelos valores humanos,
também no exercício da sexualidade”, ou seja, “não se pode reduzi-la a um mero fato
hedonístico ou lúdico, assim como a educação sexual não pode ser restrita a instruções
técnicas de proteção contra contágios e gravidez”.
O nascimento desse bebê,
o habitante de número 7 bilhões, claramente uma estimativa aproximada, suscita questionamentos
de diferentes setores da sociedade. O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, por exemplo,
ressaltou que “a criança chega a um mundo de terríveis contradições. Ele mencionou
a fome no Chifre da África, os confrontos na Síria, a insatisfação popular e os protestos
de rua em todo o mundo. E lembrou que, apesar de haver bastante comida no planeta,
um bilhão de pessoas passam fome todos os dias.
Para o Secretário-Geral, a
questão não é mais sobre um bebê ou uma geração, mas sim sobre toda a Humanidade.
(ED)