2011-11-01 14:11:22

7 bilhões de habitantes sobre a Terra: o que nos ensina a "Caritas in Veritate"


Cidade do Vaticano (RV) – Como anunciaram as Nações Unidas, nesta segunda-feira, nasceu o habitante de número sete bilhões. Bento XVI, na encíclica Caritas in Varitate, aborda questões como o crescimento demográfico, desenvolvimento e recursos que, nesse momento em especial, devem ser revistas. Vamos a algumas delas.

No ponto 28, por exemplo, o Santo Padre assinala: “Um dos aspectos mais evidentes do desenvolvimento atual é a importância do tema do respeito pela vida que não pode, de modo algum, ser separado das questões de desenvolvimento dos povos. Trata-se de um aspecto que, nos últimos tempos, está assumindo uma relevância sempre maior, obrigando a alargar os conceitos de pobreza e de subdesenvolvimento às questões ligadas ao acolhimento da vida, sobretudo onde esta é, de várias formas impedida”.

Outra afirmação que faz o Pontífice é a de que “considerar o aumento da população como causa primeira do subdesenvolvimento é incorreto, inclusive do ponto de vista econômico: basta pensar, de uma parte, na significativa diminuição da mortalidade infantil e no prolongamento da vida média que registram os países economicamente desenvolvidos, enquanto de outra parte, nos sinais da crise se mostram na queda da natalidade”.

Bento XVI escreve, no documento, sobre a procriação responsável, que ele considera como “fator contributivo a uma procriação responsável”. “A Igreja – destaca no texto – que tem no coração o verdadeiro desenvolvimento do homem, recomenda o pleno respeito pelos valores humanos, também no exercício da sexualidade”, ou seja, “não se pode reduzi-la a um mero fato hedonístico ou lúdico, assim como a educação sexual não pode ser restrita a instruções técnicas de proteção contra contágios e gravidez”.

O nascimento desse bebê, o habitante de número 7 bilhões, claramente uma estimativa aproximada, suscita questionamentos de diferentes setores da sociedade. O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, por exemplo, ressaltou que “a criança chega a um mundo de terríveis contradições. Ele mencionou a fome no Chifre da África, os confrontos na Síria, a insatisfação popular e os protestos de rua em todo o mundo. E lembrou que, apesar de haver bastante comida no planeta, um bilhão de pessoas passam fome todos os dias.

Para o Secretário-Geral, a questão não é mais sobre um bebê ou uma geração, mas sim sobre toda a Humanidade. (ED)








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