Nicarágua: Os Bispos são "as melhores testemunhas" nas eleições de 6 de novembro
Manágua (RV) – Para monitorar as iminentes eleições e garantir a transparência,
os Bispos são "as melhores testemunhas possíveis".
Por isso, a organização
"Ética e Transparência", cujo dever é monitorar o andamento do pleito, convidou o
Arcebispo e o Bispo Auxiliar de Manágua (Dom Leopoldo José Brenes Solórzano e Dom
Silvio José Báez Ortega, respectivamente) a acompanharem as operações de “contagem
rápida” das eleições nacionais do dia 6 de novembro. O mecanismo se fará em cerca
de 1.200 sessões JRV (Junta Receptora do Voto), nas quais a apuração é automática.
O
diretor executivo da organização, Roberto Courtney, explicou à Agência Fides que a
metodologia do sufrágio requer que as tabelas da “prova de voto” sejam entregues a
uma “testemunha crível”. Para ele, os Bispos são as testemunhas mais críveis à disposição
no país. Na sexta-feira, 28 de outubro, os membros da organização foram recebidos
pelos Bispos para a entrega e a explicação desta escolha.
Enquanto o voto
se aproxima, nas últimas semanas centenas de pessoas protestaram porque milhares de
cédulas, indispensáveis para exercer o direito de voto, ainda não haviam sido entregues.
O Conselho Eleitoral Supremo (CSE) admitiu que nos escritórios da prefeitura de Murra,
na província setentrional de Nueva Segovia, na fronteira com Honduras, faltam cerca
de 30.000 cédulas. O Porta-voz da polícia, Fernando Borge, pediu ao Bispo da província
setentrional de Esteli, Dom Juan Abelardo Mata Guevara, que interceda para evitar
a violência.
Cerca de 3,4 milhões de cidadãos nicaraguenses irão às urnas
em 6 de novembro para escolher presidente, vice-presidente, 90 deputados da Assembléia
Nacional e 20 para o parlamento centro-americano (BF)