2011-10-30 10:29:18

Bispos sudaneses pedem igualdade de direitos e justa cidadania


Wau (RV) - Paz, unidade e responsabilidade para o progresso do país; igualdade de direitos e importância do papel da Igreja: são os temas da mensagem divulgada ontem pela Conferência Episcopal do Sudão, que realizou sua primeira Assembleia Plenária desde a independência do Sudão do Sul, proclamada em 9 de julho passado.

Os bispos esclarecem que a Conferência permanecerá unida, embora tenham sido criadas duas Secretarias: uma em Juba, no Sudão do Sul, e outra em Cartum, no Sudão. A Igreja vai desempenhar papel público em ambos os países. “Rejeitamos o conceito de proteção das minorias, mas insistimos na igualdade de direitos para todos os cidadãos e pedimos respeito pela diversidade humana criada por Deus: ética, cultural, linguística ou religiosa”.

O episcopado apela por uma governança aberta, transparente e democrática em ambas as nações, que devem aprender a viver em paz não só uma com a outra, mas também consigo mesmas. Por isso, os bispos rechaçam toda política que oprime, marginaliza ou desnatura a humanidade dos cidadãos:

“Os dois países são pobres e assim sendo, todas as suas energias devem ser usadas para seu desenvolvimento e paz”.

Os bispos se dirigem ao aos sudaneses do sul definindo a corrupção ‘inaceitável’, e garantindo sua presença nos campos da saúde e educação, recordando, ao mesmo tempo, que não só o governo, mas todos os políticos e cidadãos têm responsabilidades na construção da nova nação. E frisam que a paz entre os dois Estados não deve ser apenas “ausência de conflito”, mas um processo de verdade e reconciliação.

A mensagem também pede aos governos nacionais e internacionais que se ativem na busca de soluções pacíficas para os conflitos no Kordofan do Sul, nos Montes Nuba, no estado de Nilo Azul, Equatoria Ocidental e Oriental e Abyei. E apela pela maior proteção e assistência humanitária às populações atingidas.

Reafirmando o compromisso da Igreja com o ecumenismo, o diálogo inter-religioso, a assistência aos pobres, a salvaguarda da Criação, a solidariedade e a promoção da paz, os bispos sudaneses agradecem os agentes pastorais e confiam os fiéis à intercessão da sudanesa Josefina Baquita e Daniel Comboni, padroeiro da África.
(CM)








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