Assis: encerrado o encontro, agora é tempo de reflexão
Assis
(RV) – Sem os refletores da mídia, Assis volta à sua rotina, feita de turistas
e peregrinos que circulam pelas ruelas desta bela cidade medieval, encravada no monte
Subasio, no coração da região da Umbria.
Depois dos momentos intensos vividos
na quinta-feira, é tempo de se retirar para interiorizar e refletir sobre tudo o
que foi dito. Como afirmava João Paulo II, a paz não é somente tarefa de especialistas
e sábios. E os peregrinos que acompanharam esta Jornada estão conscientes disso, como
demonstram os testemunhos coletados aqui em Assis.
Em sua mensagem, Bento XVI
se interrogou como o mundo mudou desde o primeiro encontro convocado pelo Beato João
Paulo II. Vinte e cinco anos atrás, o Muro de Berlim ainda estava de pé, assim como
ainda está de pé o muro que separa israelenses e palestinos. Ainda estava em vigor
o apartheid na África do Sul, vimos o genocídio em Ruanda, a guerra dos Bálcãs, o
ataque do 11 de setembro, a guerra no Afeganistão, no Iraque, na Somália, no Sudão
e o último, recente, na Líbia. Ou seja, o mundo ainda não conhece a paz.
Apagados
os refletores, porém, não se apaga o espírito de Assis. Como os pássaros, que ao se
nutrirem dos frutos espalham as sementes por onde passam, agora os chefes das delegações
deixam Assis com essa mesma incubência: espalhar onde vivem e atuam as sementes do
“espírito de Assis”. Tornando real a oração de S. Francisco: onde houver ódio, que
se leve o amor, onde houver ofensa, que se leve o perdão, onde houver discórdia, que
se leve a união.
De Assis para a Rádio Vaticano, Bianca Fraccalvieri Ouça
a reportagem, clicando no link acima.