2011-10-27 19:20:23

Imprensa católica do Benin: visita do Papa, momento de graça para justiça e paz na África


Cotonou (RV) - Alegria, reconhecimento, graça: a imprensa católica da República do Benin – Oeste da África – usa essas palavras para descrever a visita de Bento XVI ao país, programada para se realizar de 18 a 20 de novembro próximo.

Encontra-se na origem da visita ao país – a 22ª Viagem Apostólica Internacional de seu Pontificado – a entrega, aos bispos do Continente, da Exortação Apostólica pós-sinodal, redigida pelo Santo Padre após o II Sínodo especial para a África, realizado em outubro de 2009, e a celebração dos 150 anos de evangelização da nação.

Será a terceira vez que o país receberá a visita de um Sucessor de Pedro: de fato, o Benin já recebeu duas vezes João Paulo II, em fevereiro de 1982 e março de 1993. Naturalmente, a imprensa local católica dedica amplo espaço ao evento.

Em particular, o semanário "La Croix du Benin" publicou uma reflexão do economista católico Baptiste Mamah, o qual escreve:

"Bento XVI chega ao país num momento em que o mundo inteiro se depara com todo tipo de ideologia e o nosso caminho de espiritualidade se encontra diante de algumas interrogações", tanto que "a nossa fé por vezes é atacada e colocada a duras provações".

O objetivo do Pontífice, então, é indicar "novas direções para o desenvolvimento da humanidade". Nesse sentido, continua "La Croix du Benin", o Papa estará no país por apenas três dias, mas serão "três dias essenciais, três dias fortes, três dias significativos e positivos para a África inteira", como se o Pontífice dissesse:

"Venho exortar todos os africanos a trabalharem pelo Continente pelos próximos trinta anos." Quanto ao campo de ação no qual devem se empenhar todos os africanos, o economista Mamah não tem dúvidas:

"Reconciliação, justiça e paz", porque "a paz é uma reconciliação, a reconciliação conduz à paz, e a justiça é o nosso guia cotidiano". Nesse sentido, a justiça deve ser buscada "em nível político, administrativo, privado, social, em família, pelas ruas dos nossos bairros".

Mas não só: o artigo do semanário "La Croix" evidencia que a palavra do Papa no Benin é um estímulo para a unidade de todo o Continente:

"O Pontífice – lê-se – nos leva a reencontrar-nos todos nós, cristãos católicos africanos, num único país. Hoje se trata do Benin, mas poderia ser qualquer outra nação da África."

"E essa é a prova que todos nós temos causas comuns a serem defendidas e desafios comuns a serem enfrentados, junto à humanidade inteira a ser tutelada e à qual assegurar o desenvolvimento."

Nessa ótica – conclui o economista Mamah –, o primeiro passo a ser dado é o de "neutralizar a guerra":

"Uma vez concluída a visita do Papa – afirma –, devemos todos perguntar-nos o que podemos fazer para que um dia se decrete que nunca mais na África alguém poderá entrar em guerra com outro e que nunca mais um africano poderá armar-se contra outro africano." (RL)







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