Bagdá (RV) - A Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS) vai dedicar a campanha
de Natal deste ano aos cristãos perseguidos no Iraque, onde em apenas oito anos, o
número de fiéis caiu de 850 mil para 300 mil.
“A situação vivida pela Igreja
Católica naquele país é dramática, reflete o que se verifica em todo o Oriente Médio”
– informa a diretora nacional da AIS em Portugal, Catarina Martins, que, em entrevista
à Agência Ecclesia, diz ainda que só em 2010, cerca de “105 mil cristãos perderam
a vida por professarem a sua fé, ou seja, uma morte em cada cinco minutos”: uma realidade
que a organização católica define como “genocídio” em seu último relatório sobre o
Iraque.
O documento relata casos de violência, sequestro e morte reportados
diariamente ao escritório da AIS, e denuncia as fugas em massa de famílias que se
escondem: “Neste momento, os cristãos são o grupo religioso mais perseguido no mundo
e as pessoas não têm noção porque não se fala disso” - lamenta Catarina Martins.
O
projeto da AIS prioriza as ajudas às milhares de famílias que tiveram de fugir de
cidades como Bagdá, Mossul e Basra para procurarem refúgio em outros pontos do Iraque
ou em países limítrofes. (CM)