Papa convida os fiéis a invocar de Deus a paz e a justiça para o mundo
Cidade do Vaticano (RV) – Em virtude do mau tempo em Roma, nesta quarta-feira,
o encontro semanal do Papa com os peregrinos foi transferido da Praça São Pedro para
a Sala Paulo VI.
Entretanto, antes Bento XVI esteve na Basílica de São Pedro
para saudar os fiéis que não conseguiram lugar na Sala, inclusive em língua portuguesa.
Para ouvir a saudação, escolha o formato ao lado.
Com alegria,
vos acolho na Basílica de São Pedro e dou as minhas cordiais boas-víndas a todos vós
que não conseguístes lugar na Aula Paulo VI. Vivei sempre unidos a Crísto e testemunhai
com alegria o Evangelho. De coração, concedo a todos vós a mínha Bênção.
Logo
depois, já na Sala Paulo VI, o Santo Padre presidiu a Celebração da Palavra em preparação
ao encontro "Peregrinos da verdade, peregrinos da paz", por ele convocado para esta
quinta-feira, na cidade de Assis.
Abrindo o encontro, o Cardeal Vigário Geral
para a Diocese de Roma, Dom Agostino Vallini, fez uma breve saudação à qual seguiu-se
a homília do Papa.
- Eu quis dar a esta jornada o título de 'Peregrinos da
verdade, peregrinos da paz', para que trouxesse à tona o compromisso que gostaríamos
solenemente renovar, junto com os membros das diversas religiões e também com ateus,
sinceros na busca da verdade, na promoção do verdadeiro bem da humanidade e na construção
da paz. Como já pude recordar, "quem está no caminho que leva a Deus não pode não
transmitir paz, quem constrói paz não pode não ficar mais perto de Deus, explicou
Bento XVI.
Evocando a leitura da Palavra extraída do livro de Zacarias, Bento
XVI discorreu sobre o anúncio do Profeta sobre o surgimento de um rei que anunciaria
a paz às nações. O Papa explicou que aquele rei era um menino que estava nascendo
em Belém e trazendo consigo um anúncio de paz para o mundo inteiro.
"Jesus
era um rei pobre entre os pobres, e era um rei de paz graças ao poder de Deus, ao
poder do bem, ao poder do amor. Era um rei que romperia os arcos da guerra, um rei
que realizaria a paz na Cruz, unindo a terra e o céu e erguendo uma ponte fraterna
entre todos os homens", destacou o Santo Padre que, nesse contexto, elucidou sobre
o significado da Cruz:
- A Cruz é o novo arco de paz, sinal e instrumento de
reconciliação, de perdão, de compreensão, sinal que o amor é mais forte do que qualquer
violência e opressão, mais forte do que a morte: o mal se vence com o bem, com o amor.
No
final de sua homília, Bento XVI convidou todos os fiéis a invocar de Deus o dom da
paz.
- Peçamos que ele nos faça instrumentos da sua paz em um mundo ainda
lacerado pelo ódio, pela divisão, pelo egoísmo, pelas guerras, queremos pedir que
o encontro desta quinta-feira em Assis favoreça o diálogo entre as pessoas de diversas
religiões e que traga um raio de luz capaz de iluminar a mente e o coração de todos
os homens, para que o rancor dê lugar ao perdão, a divisão à reconciliação, o ódio
ao amor, a violência à mansidão, e que a paz reine no mundo, encerrando sua homilia.
Ao
término do Encontro de Oração, Bento XVI saudou mais uma vez os peregrinos em língua
portuguesa e concedeu sua benção apostólica.
"Uma saudação amiga e encorajadora
para todos os peregrinos de língua portuguesa, com menção especial dos grupos brasileiros
de Aracajú, Cachoeira Paulista, Gama, Recife e Rio de Janeiro. Conto com a vossa oração
pelos Representantes das várias Religiões que amanhã se reúnem em Assis, a bem da
justiça e da paz sobre a terra. Sobre vós e vossos familiares, desça a minha Bênção".