Reflexão para o Evagelho deste domingo: o relacionamento fraterno
Cidade do Vaticano
(RV) - A primeira leitura deste domingo, tirada do livro do Êxodo, nos anuncia
o relacionamento fraterno que deverá reinar entre os homens, fruto da justiça e do
amor. Nas sociedades vizinhas a Israel e, também nas nossas, o pequeno, o derrotado,
o fraco, o empobrecido, os sem oportunidades são embrutecidos pelos poderosos, pelos
ricos, pelos vitoriosos, pelos que tiveram tudo isso. Deus diz a Israel e também a
nós, que nosso modo de proceder em relação oa pequeno não deverá ser assim, pelo contrário.
O empobrecido deverá ser ocasião de nossa demonstração de amor a Deus e de abertura
para os ditames de seu coração.
No Evangelho de Mateus, mas em um capítulo
anterior ao que a liturgia de hoje nos propõe, Jesus repete de forma positiva o que
o rabino Hilel ensinou: “O que não te agrada, não o farás a teu próximo! Esta é toda
a lei: o restante é comentário”. Jesus disse: “Tudo o que quereis que os homens vos
façam, fazei-o também vós a eles: nisto estão toda a Lei e os Profetas”.
A
passagem escolhida para hoje fala que o maior mandamento da Lei é amar o Senhor de
todo o coração e com toda alma e todo entendimento e o segundo é amar o próximo como
a si mesmo. Na verdade esse mandamento é um só. Amar a Deus sobre todas as coisas
é mais do que reservar um tempo para atividades piedosas de oração, é amar com toda
intensidade seus filhos, é venerá-lo em cada ser humano, especialmente nos mais pequenos.
Ele disse que aquilo que fizermos ao menor de seus irmãos, será a Ele que estamos
fazendo.
Portanto não existe outra forma para amar e reverenciar o Senhor do
que amar e servir seus filhos queridos, criados à sua própria imagem e semelhança.
E aí vem a questão dos desafortunados pela sorte. Jesus se fez homem pobre,
sofredor, humilhado e, também em seus discursos, se assemelhou a eles. Na celebração
do amor, na última ceia, fez o papel de escravo, lavando os pés de seus discípulos. Morreu
em um suplício abominável, humilhado e nu, no meio de dois bandidos, como malfeitor.
O
Senhor, quando foi tentdo no deserto, rejeitou Satanás com suas pompas e suas obras.
Que
nosso batismo seja recordado em cada momento de nossa vida, ao abandonarmos os falsos
deuses do egocentrismo, do poder e da soberba, ao assumirmos o serviço de Deus único
e verdadeiro no relacionamento fraterno, que nos foi proposto desde o Antigo Testamento. Adorar
e servir o Senhor é amar e servir o próximo! (CAS)