2011-10-21 11:08:28

Líbia: "É o fim de um pesadelo"


Trípoli (RV) - O anúncio do Conselho de Transição da Líbia (CNT) de que Muammar Kadafi estava morto causou euforia em muitas áreas do país. Sirenes e buzinas tocaram em festa em Trípoli. “É o fim de um pesadelo. As pessoas exultam pelas ruas e atiram ao alto” – relata, por telefone, o Padre Alan Archebuche, diretor da Caritas Líbia, antes da confirmação oficial da morte do líder.

“A situação poderá ser normalizada e uma nova vida começará com o o estabelecimento de um governo democrático, o que não seria possível sem a captura de Kadafi”.

O sacerdote continua dizendo que agora há muitas esperanças entre os católicos. Estão todos em casa diante da TV, tentando entender as consequências deste evento.

Sobre o futuro da Líbia e a nova cúpula do CNT, Padre Archebuche está confiante, e refere à agência italiana SIR: “Acho que poderão fazer a diferença em relação ao velho regime e mostrar um novo rosto da Líbia, transformando-a num país democrático e livre. Estou muito contente – conclui – agora, esperamos poder começar uma nova vida”.

Em março passado, a Santa Sé marcou presença na conferência internacional sobre a Líbia, em Londres, pouco depois de uma coligação internacional ter iniciado ataques contra alvos estratégicos das forças leais a Muammar Kadafi, procurando travar a repressão militar da revolta lançada contra o regime.

Dias antes, no Vaticano, Bento XVI pediu o “início imediato de um diálogo para suspender o uso das armas”, e assegurou suas preces pelo “retorno à concórdia na Líbia e em toda a região do norte de África”.

“Nos momentos de maior tensão, torna-se mais urgente a exigência de recorrer a todos os meios de que a ação diplomática dispõe, apoiando inclusive os menores sinais de abertura e de desejo de reconciliação entre as partes envolvidas na busca de soluções pacíficas e duradouras” - disse então Bento XVI.
(CM)








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