Cidade do Vaticano
(RV) - Imagens desconcertantes do ex-líder Kadafi morto giram o mundo. Estas são,
talvez, as últimas cenas de uma guerra de começou em março, dentro das revoluções
da Primavera Árabe. Todavia, para Kadafi e seus aliados no regime, foi sem dúvidas
o fim de mais de 40 anos de poder, durante os quais o coronel comandou a Líbia com
braço de ferro.
Entretanto, o Núncio Apostólico em Malta e na Líbia, Dom Tommaso
Caputo, destaca que o momento não é de comemoração e sim de decidir o futuro – pacífico
e justo – para a Líbia.
“Diante da morte de um homem devem prevalecer sempre
os sentimentos cristãos além dos sentimentos humanos. Não se pode, portanto, alegrar-se
com a morte de Kadafi. Fato que se enquadra no contexto de um longo e sangrento período
que provocou o sacrifício de muitas vidas humanas. Neste momento, mais do que nunca,
deve-se assegurar de todas as partes tempos verdadeiramente novos para a Líbia que
retomem a paz social. E a partir do momento que se inicia de fato uma reconciliação
nacional esta se torna uma oportunidade única para a justiça social. Tudo isso surge
como uma premissa básica para o desenvolvimento social”.
O Secretário de Estado
do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertoni, disse que todos devem se unir pela pacificação:
"Temos de rezar para que se alcance a pacificação e a democracia na Líbia." (RB)