Pe. Lombardi: "Refugiados são pessoas, não números"
Roma (RV) - O presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes,
Dom Antonio Maria Veglió, apresentou ontem na sede da prefeitura de Roma o livro “Terra
sem promessas. Histórias de refugiados na Itália”, obra realizada pelo Centro Astalli,
associação que acompanha, assiste e defende os direitos dos refugiados e deslocados
de todo o mundo, em sintonia com o Serviço Jesuíta para Refugiados.
“No âmbito
dos fluxos migratórios, deve-se distinguir os refugiados e depois do pedido de asilo
ou do recurso contra as autoridades, fornecer-lhes abrigos adequados. Depois, a assistência
deve atender suas necessidades básicas, para que não se gerem mais pobres nas cidades”.
O chefe do dicastério para as migrações do Vaticano disse também concordar
com a opinião de que o ser humano é a ‘medida’ de todas as coisas, mas não é o que
se vê em estações ferroviárias ou em edifícios abandonados nos quais as pessoas sem-teto
se refugiam, vivendo em condições higiênicas realmente escassas. “Deve ser garantida
a estas pessoas uma vida digna e segura, com a ajuda suficiente para que se integrem
na sociedade”.
Intervindo na apresentação, Padre Federico Lombardi, diretor
da Sala de Imprensa da Santa Sé, frisou que “as dez histórias são casos de imigrantes
que sobreviveram, enquanto muitos outros, não”. “Este livro nos faz entender que os
refugiados e os migrantes não são números e nem princípios, mas pessoas, com toda
a sua densidade”. (CM)