Egito: missas pelas vítimas das violências no Cairo
Cairo (RV) – Missas e orações foram celebradas no último domingo, dia 16, em
todas as igrejas católicas egípcias “pelo descanso eterno dos falecidos, pela consolação
de suas famílias e pela rápida recuperação dos feridos" como tinha pedido o Patriarca
de Alexandria dos coptas católicos e Presidente da Assembleia dos Patriarcas e dos
Bispos católicos do Egito, Cardeal Antonios Naguib, num apelo divulgado no último
sábado após a onda de violência do Cairo dos últimos dias. No apelo, o patriarca manifestou
“profunda dor, após os sangrentos eventos enfrentados pelos filhos e filhas autênticos
da Nação, que quiseram contribuir na caminhada democrática do País, com manifestações
pacíficas, como centenas de outros grupos de cidadãos”, e que terminaram com a morte
violenta de umas 25 pessoas, em sua maioria coptas, e com 329 feridos.
Fortes
também a condenação de “todo ato de violência e de todos seus autores”, e o pedido
“aos responsáveis para que tomem as medidas necessárias e firmes, para garantir a
segurança, estabelecer soluções claras e estáveis para os problemas que estão causando
tensões e conflitos, respeitar a supremacia da lei no trato com as desordens e os
criminosos, e garantir a objetividade da mídia”.
“Temos plena confiança –
escreve o cardeal – que o Conselho Superior das Forças Armadas, o Governo e o Poder
Judiciário, têm capacidade de guiar o país rumo à estabilidade e à segurança, garantindo
o bem a ordem de todos os cidadãos”.
Não falta um apelo aos cristãos “a dedicarem
todas as suas forças para viver com espírito de cidadania sincera e de fraternidade
benévola, com todos os irmãos e as irmãs da Pátria, e a trabalharem com dedicação
em todos os setores e posições. Nós também os convidamos a participar, no Egito e
no exterior, da ação política e eleitoral em ato – este é um dever sagrado, ao qual
não se pode renunciar – para construir um Estado democrático moderno, alicerçado sobre
a lei e a cidadania completa, a igualdade, a justiça e a garantia da liberdade. Isto,
para garantir ao Egito um futuro melhor, cheio de esperança e de trabalho”. (SP)