2011-10-14 17:46:59

"Pátio dos Gentios" para diálogo entre fiéis e agnósticos: balanço do Cardeal Ravasi


Cidade do Vaticano (RV) - O Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi, de retorno de Bucareste, manteve na manhã desta sexta-feira, no Vaticano, um encontro com jornalistas. O purpurado presidiu na capital da Romênia – Sudeste da Europa – mais uma edição da iniciativa do seu dicastério, chamada "Pátio dos Gentios".

No encontro com os jornalistas, o cardeal traçou um balanço dos primeiros oito meses de trabalho dessa estrutura vaticana de diálogo entre fiéis e agnósticos, e indicou algumas perspectivas.

Ademais, o Cardeal Ravasi anunciou o lançamento do site interativo (que quer favorecer, também na rede, o diálogo e o intercâmbio entre fiéis e agnósticos), e deu detalhes sobre a participação de um grupo de agnósticos na Jornada de reflexão, oração e diálogo para a paz, programada para o dia 27 deste mês.

O Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura explicou que convidar agnósticos para a comemoração do grande encontro inter-religioso pela paz, realizado em Assis 25 anos atrás por iniciativa de João Paulo II, é um modo para reiterar o nível da relação entre fé e razão, tão central no Magistério de Bento XVI.

"A participação do grupo de agnósticos no encontro de Assis foi pessoalmente querida pelo próprio Pontífice, que – durante uma reunião preparatória da Jornada – anunciou essa participação e as suas motivações", comentou o Cardeal Ravasi.

O purpurado falou do alto nível intelectual e da surpreendente participação de público no encontro "Pátio dos Gentios", por ele presidido em Bucareste terça e quarta-feira passadas, com o tema "Humanismo e Espiritualidade".

O próximo encontro do "Pátio dos Gentios" terá lugar na cidade italiana de Florença, na próxima segunda-feira, dia 17, com o tema "Humanismo e beleza, ontem e hoje".

Outro encontro está previsto para os dias 14 e 15 de novembro próximo, a realizar-se em Tirana – na Albânia – com o tema "Em que acredita quem não crê?".

"Os encontros – explicou o cardeal fazendo um balanço dos primeiros meses de trabalho – são e serão sempre de um nível médio-alto e qualificado de diálogo, e dedicados às profundas urgências do humanismo".

"Mas não nos esqueçamos – acrescentou – que a situação culturalmente mais dramática é a situação de um pseudo-ateísmo que, na realidade, é indiferença diante da religião. É uma verdadeira doença das nossas sociedades, que preocupa também os intelectuais agnósticos". (RL)







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