Bruxelas, 07 out (RV) - A aliança internacional de agências católicas de desenvolvimento
- CIDSE pediu a União Europeia (UE) que reserve os fundos gerados pelo novo Imposto
sobre Transações Financeiras (ITF) para a luta contra a pobreza e as alterações climáticas.
A Comissão Europeia aprovou na última quarta-feira uma proposta de imposto que deve
gerar 55 mil milhões de euros anuais, anunciou o seu presidente, o português José
Manuel Durão Barroso, em Estrasburgo.
O Secretário-Geral da CIDSE, Bernd Nilles
considera que esta proposta legislativa é “uma importante vitória para a justiça e
a solidariedade”. “A Comissão fez um bom serviço e agora a bola está no terreno dos
estados membros da UE. Estes devem apoiar o imposto”, assinala o responsável, citado
pela Fundação Fé e Cooperação (FEC). A CIDSE lamenta, no entanto, a falta de indicação
sobre o destino a dar às receitas do novo Imposto sobre Transações Financeiras, considerando
“inconcebível que estas receitas possam simplesmente ir repor o orçamento da UE ou
os cofres nacionais”. “O dinheiro não deve apenas acabar no buraco negro dos déficits
orçamentais. O ITF tem sido construído sobre as promessas feitas para combater a pobreza
e as alterações climáticas”, disse Nilles. (SP)