Uma maior consciência da Igreja traz consigo renovada consciência da relação vital
com Cristo, sem o qual não daremos fruto: Bento XVI, no Angelus, comentando o Evangelho
do dia
(2/10/2011) A relação vital com Cristo, na Igreja, para dar os frutos que Deus justamente
se espera de nós – foi sublinhada pelo Papa neste domingo ao meio-dia, na Praça de
São Pedro, por ocasião da recitação do Angelus. Bento XVI comentava o Evangelho do
dia, a parábola dos vinhateiros homicidas, que recusam e eliminam o Filho do proprietário.
Mas a pedra rejeitada pelos construtores, tornou-se a pedra angular. “Deus –
observou o Papa - entrega-se a si mesmo nas nossas mãos, aceita tornar-se insondável
mistério de debilidade e manifesta a sua omnipotência na fidelidade a um projeto de
amor, que porém, no final, prevê também a punição para os malvados. Solidamente ancorados,
na fé, à pedra angular que é Cristo, permaneçamos n’Ele como o ramo que não pode dar
fruto por si mesmo se não permanecer na videira. Somente n’Ele, por Ele e com Ele
se edifica a Igreja, povo da nova Aliança”.
A este propósito, o Papa citou
uma reflexão do Papa Paulo VI : “O primeiro fruto de uma maior consciência da Igreja
sobre si mesma é a renovada descoberta da sua relação vital com Cristo. Coisa bem
conhecida, mas fundamental, indispensável, nunca suficientemente conhecida, meditada,
celebrada”.
Imediatamente antes das Ave-Marias, Bento XVI recordou que a
2 de Outubro a Igreja recorda os “Anjos da guarda”, “ministros (disse) da solicitude
divina por cada homem”. “Do início até à hora da morte, a vida humana está circundada
pela sua incessante proteção” – assegurou o Papa, que mencionou também “Nossa Senhora
do Rosário, que neste primeiro domingo de Outubro, no santuário italiano de Pompeia
como também no mundo inteiro, acolhe a súplica que lhe é dirigida para que o mal seja
derrotado e se revele em plenitude a bondade de Deus”.
Depois do Angelus,
Bento XVI recordou ainda a beatificação, neste domingo à tarde, em Ivrea, norte da
Itália, de Antónia Maria Verna, fundadora das Irmãs da Caridade da Imaculada Conceição.
“Demos graças a Deus pela luminosa figura desta nova Beata, que viveu entre os séculos
XVIII e XIX, modelo de mulher consagrada e de educadora”.
Na saudação aos
fiéis de língua francesa, o Papa, recordando que estão a recomeçar as aulas nas Universidades,
convidou os professores a “transmitir, através do ensino, o amor do saber e da verdade”.
“O saber é importante, mais ainda a formação da pessoa para discernir onde se encontra
a verdade e fazer assim escolhas livres. Educai também os jovens nos autênticos valores
morais e espirituais para os ajudar a encontrar um sentido para a sua vida”.