2011-09-30 16:38:40

Promover uma “mudança de mentalidade” diante das novas tecnologias e da atual “cultura digital”.


(30/9/2011) O presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais (CPCS), afirmou hoje em Fátima que a Igreja Católica deve promover uma “mudança de mentalidade” diante das novas tecnologias e da atual “cultura digital”.
“Não temos apenas de reafirmar ou custodiar verdades, isso não é comunicar”, disse D. Claudio Maria Celli, perante mais de uma centena de participantes nas Jornadas de Comunicação Social 2011, promovidas pela Igreja Católica, entre quinta e sexta-feira, tendo como tema «Era digital: revolução na cultura e na sociedade».
Numa conferência sobre o tema «Era digital e comunicação na Igreja Católica», este responsável apelou a uma “nova maneira de conceber a comunicação”, para lá da “mera transmissão de conteúdos”.
“Quando falo em diaconia, pastoral da cultura digital, falo de uma Igreja que caminha com o homem e o ajuda a pôr-se questões sobre o sentido verdadeiro da vida”, indicou o arcebispo italiano, para quem “nunca como hoje o homem experimentou a solidão”.
“Somos chamados a ser testemunhas credíveis no meio da cultura digital”, frisou.
Aquele membro da Cúria Romana lamentou a falta de “visão” sobre a necessidade de “preparar pessoas capacitadas” para estes desafios, admitindo que “muitos” dos portais da Igreja na Internet “caducaram” e outros “nascem já antigos, pouco dialogantes, pouco dinâmicos”.
“Somos chamados a descobrir nesta cultura digital, símbolos, metáforas significativas para as pessoas”, afirmou D. Claudio Celli, observando que “o homem não só usa, mas, em certo sentido, habita a linguagem”.
“Para comunicar, nem sempre é necessário falar”, acrescentou.
A Igreja Católica, prosseguiu, deve preparar-se para “não chegar tarde”, porque “o mundo não espera”, marcado por uma “transformação profunda, uma verdadeira revolução, apenas comparável com a revolução provocada pela escrita, a imprensa e as telecomunicações”.
A diferença, precisou, é que a “atual revolução é muito acelerada”, com consequências, lembradas por Bento XVI, “na vida quotidiana das pessoas, da sociedade, na vivência da fé”.








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