ONU FAZ APELO PARA AUMENTAR SEGURANÇA DE JORNALISTAS NO MÉXICO
Cidade do Vaticano, 28 set (RV) – Ao condenar o assassinato de três mulheres
jornalistas no último mês, a agência das Nações Unidas que defende a liberdade de
imprensa apelou para que medidas mais eficazes sejam colocadas em prática para frear
a violência contra os jornalistas, no México.
“Eu apelo às autoridades para
que tomem todas as medidas possíveis para aumentar a segurança de jornalistas e submeter
os responsáveis pelos ataques à Justiça”, disse a Diretora-Geral da UNESCO, Irina
Bokova. E acrescentou: “a impunidade está se tornando uma ameaça direta à liberdade
de expressão e à liberdade de imprensa no México”.
De acordo com um relatório
da Repórteres sem Fronteiras, 80 jornalistas foram assassinados no México desde 2000,
o que colocou o país na lista dos mais perigosos para o exercício da liberdade de
expressão. A maioria dos assassinatos tem ligações com o crime organizado e o tráfico
de drogas, aumentando o número total de vítimas - estimado em 50 mil - desde o início
da ofensiva do governo mexicano contra o tráfico de drogas, em 2006.
Em um
recente comunicado à imprensa, a UNESCO diz que o corpo decapitado de Maria Elizabeth
Macias, editora do jornal Primera Hora da cidade de Nuevo Laredo, no Estado de Tamaulipas,
foi encontrado no último dia 24 com uma mensagem que ligava o crime a uma de suas
reportagens sobre o crime organizado nas redes sociais.
“É essencial para a
democracia e para o reestabelecimento da lei que jornalistas e editores sejam capazes
de exercer sua profissão sem temer pelas próprias vidas”, concluiu Bokova. (RB)