Não há futuro sem Deus! - sublinhou uma vez mais Bento XVI, evocando na audiência-geral
a sua viagem à Alemanha, "uma grande festa de fé"
(28/9/2011) Como seria de esperar, foi à sua viagem à Alemanha que Bento XVI dedicou
a audiência geral desta quarta-feira, na Praça de São Pedro, recordando as diversas
etapas da visita, considerando-a “uma grande festa de fé” e dando graças a Deus pelos
“intensos e estupendos dias passados no (seu) país de origem”:
“Antes de mais,
dou graças ao Senhor pela possibilidade que me ofereceu de encontrar as pessoas e
de falar de Deus, de rezar em conjunto e de confirmar os irmãos e irmãs na fé, segundo
o especial mandato que o Senhor confiou a Pedro e aos seus sucessores. Esta viagem,
que tinha como lema Onde há Deus, há futuro, foi de facto uma grande festa
da fé”.
Bento XVI declarou ter regressado da Alemanha com sentimentos de “profunda
gratidão a Deus e real confiança no futuro da Igreja”, evocando com especial destaque
o discurso pronunciado no parlamento federal, o Bundestag, frisando que “a democracia
e a liberdade nada têm a temer de Deus, princípio de todo o bem; antes, está nele
o suporte fundamental para uma convivência estável dos homens na paz e na justiça”.
Por isso, quantos crêem em Deus – e, por maioria de razão, todos os cristãos – devem
unir as suas forças na única tarefa verdadeiramente urgente e necessária: dar Deus
ao mundo de hoje, que, frequentemente, O ignora ou se desinteressa dele. É que não
há futuro sem Deus”, insistiu.
O Papa quis agradecer o “caloroso e entusiasta
acolhimento” na sua terra natal, tanto por parte da Igreja como das “autoridades políticas
e civis”. Sobre a celebração com os responsáveis da Igreja Evangélica Alemã e
a visita ao antigo convento onde viveu Martinho Lutero, antes de promover a reforma
que o levou à separação de Roma, o Papa repetiu apelos sobre a necessidade de “caminhar
rumo à plena unidade” no cristianismo sem “fabricar” a fé. Bento XVI quis ainda
lembrar o convite deixado no dia final da estadia em Friburgo, sudoeste alemão, relativo
à necessidade de libertar a Igreja, numa sociedade secularizada, dos “fardos materiais
e políticos”, para que “sejamos cada vez mais transparência de Deus”.
Mas
ouçamos as palavras pronunciadas em português:
"Queridos irmãos
e irmãs, Foi com profunda gratidão a Deus e real confiança no futuro da Igreja
que regressei da minha Pátria Alemã, depois da terceira visita que lá efectuei como
Sucessor de Pedro. A todos, fui repetindo: «Onde há Deus, há futuro»! Nos vários encontros
e colóquios, nas celebrações em geral, mas particularmente na Eucaristia com o povo
de Deus, era possível ver de novo como é Deus que dá à nossa vida o sentido mais profundo,
a verdadeira plenitude; mais ainda, que só Deus dá a todos nós um futuro. Assim, no
Parlamento federal, recordei que a democracia e a liberdade nada têm a temer de Deus,
princípio de todo o bem; antes, está n’Ele o suporte fundamental para uma estável
convivência dos homens na paz e na justiça. Por isso, quantos crêem em Deus – e, por
maior força de razão, todos os cristãos – devem unir as suas forças na única tarefa
verdadeiramente urgente e necessária: dar Deus ao mundo de hoje, que, frequentemente,
O ignora ou se desinteressa d’Ele. É que não há futuro sem Deus!
Amados peregrinos
de língua portuguesa, cordiais saudações para todos vós, de modo especial para os
fiéis de Piracicaba e Belo Horizonte, de Bauru e Apucarana: convido-vos a olhar com
confiança o vosso futuro em Deus. Com a graça de Cristo, sois capazes de levar ao
mundo o fogo do amor de Deus. Sobre vós e vossas famílias desça a minha Bênção."