Kwanju, 27 set (RV) – "A viagem de sete líderes religiosos à Coreia do Norte
deixa uma porta aberta à esperança de que a religião possa novamente florescer no
país": esses são os votos feitos no final da viagem por Dom Igino Kim Hee-joong, Arcebispo
de Kwanju e Presidente da Comissão Episcopal para o Diálogo inter-religioso. Ele guiou
uma delegação de líderes religiosos da Conferência Coreana de Religiões para a Paz
(Korean Conference of Religions for Peace) a Pyongyang, na semana passada.
"Falar
de religião e pregar Deus na Coreia do Norte – um dos Estados que menos respeita a
liberdade religiosa – é certamente raro", explica à Agência Fides o Arcebispo, falando
do "momento comovente em que fiéis de várias religiões rezaram pela paz no monte Baekdusan",
a montanha mais alta da península coreana.
Dom Kim recordou que a natureza
da viagem foi puramente religiosa, sem qualquer cálculo político, anunciando que encontros
do gênero se repetirão no futuro. Além disso, segundo o Arcebispo, os encontros dos
líderes religiosos abrem uma esperança de paz, enquanto contribuirão, pelo menos parcialmente,
ao melhoramento das relações entre o Norte e o Sul.
"Encontrar-se ajuda ambas
as partes a entenderem-se. Falar pessoalmente é um dos melhores modos para superar
mal-entendidos. Percebi que no Norte o desejo de uma unificação pacífica é tão forte
quanto no Sul."
Sobre as atuais condições da Coreia do Norte, o Arcebispo
nota: "A situação das pessoas é ainda muito difícil e a Igreja e outras comunidades
religiosas prosseguirão na obra de cooperação humanitária". (BF)