EMPRESAS CHINESAS ESTÃO CONSTRUÍNDO IGREJAS NA ÁFRICA
Cidade do Vaticano, 26 set (RV) – Companhias chinesas estão construíndo igrejas
na África para as várias confissões cristãs, tomando um lugar que no passado foi ocupado
pela Europa e, mais recentemente, pelos Estados Unidos.
Na Basílica da Sagrada
Família de Nairóbi, no Quênia, a Zhongxing Construction está construíndo um novo edifício
para os escritórios da Arquidiocese de Nairóbi.
"Já havíamos trabalhado com
os chineses e tivemos uma experiência positiva. Abrimos uma licitação e eles apresentaram
a melhor oferta", comentou um responsável diocesano à agência AsiaNews.
No
passado, os países que enviavam missionários para a África construíam também os lugares
de culto. "Os nossos irmãos de fé, junto com suas companhias nos ajudaram a construir
as igrejas. Agora a China se transformou em uma potência mundial e quer ter presença
também na África", declarou o bispo anglicano ugandês Stanley Ntagali, da Diocese
de Masindi-Kitara.
No Quênia, os chineses também estão construíndo casas para
os membros da Arquidiocese de Nairóbi, além de erguer uma igreja para um grupo pentecostal
nacional, e Ministros evangelizadores da fé. Uma outra companhia, a China Funshin
está construíndo, também perto de Nairóbi, o templo católico de Nossa Senhora do Rosário,
em Kiambu. A mesma companhia já tinha construído o Luther Plaza, o centro da Igreja
Luterana no Quênia.
Contudo, a China é um parceiro comercial de primeira importância
para a África. Em 2009, superou a França e o Reino Unido. E no setor da construção
civil as suas ofertas regulamente superam aquelas das concorrentes, oferecendo custos
mais baixos. A China ainda imprime a maior parte das Bíblias usadas pelos cristãos
na África. Mesmo que a liberdade religiosa na China, especialmente para as confissões
cristãs não reconhecidas seja negada, a Amity Printing Company, dobrou a quantidade
de Bíblias impressas em 2007, passando de seis para doze milhões de cópias. E grande
parte destas foram para o mercado africano.
"Os contratos para imprimir Bíblias
acabam sendo fechados na China porque o país oferece preços mais em conta do que qualquer
país do Ocidente, explica Jesse Mugambi, professor de sociologia das religiões na
Universidade de Nairóbi. (RB)