Cidade do Vaticano, 24 set (RV) - O norte-americano Troy Davis, condenado à
morte pelo homicídio de um policial em 1989, foi executado quarta-feira com uma injeção
letal na Geórgia, Estados Unidos. Na hora da morte, olhou a família da vítima nos
olhos e reiterou a inocência. "Não matei o vosso pai, filho e irmão", disse. Depois
de falar à família da vítima, Troy Davis pediu aos seus próprios familiares para "manterem
a fé" e dirigiu-se, em seguida, ao pessoal médico que estava prestes a matá-lo. "Que
Deus tenha piedade das vossas almas", acrescentou.
Com a morte de Troy Davis,
não morre o caso, eivado de dúvidas, e ganha novo impulso a luta contra a pena de
morte nos EUA e no Mundo, que acompanhou o caso de forma intensa. O presidente do
Conselho Pontifício Justiça e Paz, da Santa Sé, apelou às autoridades da Geórgia,
para que não avançassem com a execução de Troy Davis. “Que o sistema carcerário possa,
neste caso, salvar uma vida e apostar na conversão e na transformação do condenado.
Isso poderá contribuir para o nascimento de um sistema que, em vez de eliminar uma
vida, favorece a sua reintegração na sociedade”, sublinhara o cardeal Peter Turkson,
em declarações à Rádio Vaticano. (SP)