2011-09-22 15:41:35

Missal da viagem de Bento XVI á Alemanha lembra ação da Santa Sé na reunificação do país após décadas de separação, e destaca «descristianização» do país


(22/9/2011) A visita de Bento XVI à Alemanha, de 22 a 25 de Setembro , vai enfrentar o “progressivo processo de secularização” num país de “antiga tradição cristã”.
Num texto publicado no missal da viagem, o departamento de celebrações litúrgicas do Papa refere que “este movimento de descristianização, que diz respeito a toda a Alemanha, intensificou-se com a reunificação das duas Alemanhas”, em 1990, dado que “a maior parte da população da antiga RDA, que cresceu sob domínio comunista, foi educada e plasmada no espírito do ateísmo”.
«“O anúncio do Evangelho é, por isso, um dos compromissos mais imperativos e importantes da Igreja Católica Romana neste país”, indica o guia das celebrações de Bento XVI na Alemanha.
Esta terceira viagem conta com passagens por Berlim, Erfurt, Etzelsbach e Friburgo, tendo como lema ‘Onde há Deus, há futuro’ [frase proferida por Bento XVI em 2007 no santuário austríaco de Marienzell], e inclui encontros com a comunidade judaica e muçulmana.
“A visita do Santo Padre quer contribuir para manter viva a pergunta de Deus na sociedade e revalorizar a resposta da fé cristã”, indica o departamento de celebrações litúrgicas do Papa.
A introdução ao missal da viagem refere-se à “preciosa obra” de João Paulo II (1920-2005), predecessor de Bento XVI, na “reviravolta política no Leste da Alemanha e no Leste da Europa”.
Cinco anos depois da sua última passagem por solo germânico, o Papa encontra uma Igreja afetada pelos casos de abusos sexuais envolvendo membros do clero e pela divisão dentro do próprio catolicismo em matérias como o celibato dos padres ou a moral sexual.
Segundo o Vaticano, dos 81,7 milhões de habitantes da Alemanha 24,6 milhões são católicos, o que corresponde a 30% do total da população.
O missal da viagem à Alemanha sublinha que a nação conta com “cada vez mais pessoas com uma história familiar de imigração”.
“Com elas, chegaram a este país também religiões não-cristãs, em primeiro lugar o Islão”, acrescenta o texto.








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