Rio de Janeiro, 21 set (RV) - Um dos principais monumentos católicos do Rio
de Janeiro completa no próximo dia 23, dois séculos de evangelização, símbolo da presença
de Cristo na capital fluminense. Idealizada por Antonio Martins da Palma - como promessa
à sua esposa, Leonor Gonçalves - a Igreja da Candelária se tornou referência aos fiéis
do Rio de Janeiro e de outras localidades, nacionais e internacionais, que visitam
a cidade. Para marcar a data, o Arcebispo Metropolitano, Dom Orani João Tempesta presidirá
a Santa Missa às 18h30.
A história da construção da Igreja começa quando o
casal Antonio Martins e Leonor Gonçalves consegue se salvar de um naufrágio. Eles
eram devotos de Nossa Senhora da Candelária e por terem escapado com vida do acidente,
ergueram uma ermida em homenagem à Santa. No ano de 1775, por conta de seu precário
estado de conservação, a capela foi demolida dando lugar a um novo templo, onde hoje
está instalada a Igreja da Candelária. No entanto, somente em 1811 é inaugurada parte
do altar até os púlpitos. O restante da obra somente foi concluída ao longo do século
XIX.
A sagração da Igreja aconteceu em 1898 pelas mãos do então bispo de São
Sebastião do Rio de Janeiro, Dom Joaquim Arcoverde. Até hoje a Igreja se destaca por
sua arquitetura e pelas suas obras de arte, como os ornatos de madeira, as portas
de bronze e seus vitrais. A Igreja da Candelária foi erguida por inúmeros construtores,
muitos deles nomes expressivos da arquitetura, como Job Justino de Alcântara, Gustavo
Vaneldete, Detencor da Silva, Ferro Cardoso, Evaristo da Veiga e Antonio de Paula
Freitas, além das pinturas de João Zeferino da Costa. (SP)