RÁDIO VATICANO 80 ANOS: A HISTÓRIA DO PROGRAMA BRASILEIRO
Cidade
do Vaticano, 20 set (RV) - O Programa Brasileiro nasceu em 12 de março de 1958,
exatamente um mês depois de a Rádio Vaticano completar 27 anos de fundação. Nestes
53 anos de existência, o Programa Brasileiro sempre buscou oferecer um quadro amplo
das atividades do Papa e da Santa Sé e das notícias do mundo, enfatizando especialmente
temas e abordagens relativos à liberdade e aos direitos humanos, de modo especial
o direito à vida e à liberdade religiosa.
Estamos convencidos de que na base
de uma boa formação está a boa informação, precisa e rigorosa. Além dela, reflexões
e orientações de sacerdotes que colaboram com nossa equipe oferecem um bom suporte
para analisar corretamente a realidade que nos circunda e defender e promover os valores
cristãos e a dignidade humana no âmbito de cada cultura deste mundo, marcado pela
dor, pela indiferença e pela injustiça. Um mundo em que os desafios do terceiro milênio
demandam uma ‘Nova Evangelização’.
Somos um grupo de seis jornalistas contratados,
além de dois colaboradores e um padre jesuíta, nosso responsável. O primeiro foi o
Padre Antonio Aquino, SJ., então Reitor do Pontifício Colégio Pio Brasileiro. Nossa
pequena equipe produz mais de 10 horas de transmissões ao vivo semanais, além de todas
as cerimônias presididas pelo Santo Padre, que são retransmitidas pelas rádios e TVs
católicas no Brasil, no continente africano e em Portugal.
Nossa missão é
levar ao povo do Brasil e aos ouvintes de língua portuguesa em todo o mundo a voz
e os ensinamentos do Santo Padre. Queremos ser uma ponte entre o magistério petrino
e a realidade das Igrejas locais.
Por isso, a Rádio do Papa, por meio do Programa
Brasileiro, estabeleceu relações ainda mais estreitas com a maior Conferência Episcopal
do mundo – o que se pôde constatar na recente visita “ad Limina”. Grupos de bispos
visitaram a Rádio Vaticano para conhecer pessoalmente o nosso trabalho e saber como
receber, desta fonte da comunicação, todas as notícias do Santo Padre e da Santa Sé.
A colaboração com a Conferência Episcopal Brasileira e com as Igrejas particulares
é fundamental para a missão do Programa Brasileiro.
Nossos programas vão ao
ar quatro vezes por dia e cinco, às quintas-feiras. Aos domingos, transmitimos ao
vivo a oração do Angelus, além do programa cotidiano.
Um de nossos desafios
é a dimensão de nosso país, com mais de 8 milhões e meio de km quadrados, 4 fusos
horários, 200 milhões de habitantes e uma imensa diversidade cultural e social. Como
conseguir que a presença do Papa, por meio de sua voz e de seu ministério petrino,
seja uma realidade na maioria das casas do maior país católico do mundo?
As
rádios locais são fundamentais. O programa Brasileiro da RV é transmitido pelas redes
radiofônicas em todo o país: mais de 300 emissoras, com uma audiência de 40 milhões
de ouvintes. Nosso sinal viaja através do satélite, da Internet e das Ondas Curtas.
Outro desafio é viver em nosso trabalho cotidiano a missão profética recebida
por todos nós no dia de nosso batismo. Diante de uma Igreja perseguida, de cristãos
que sofrem em várias partes do mundo por causa de sua adesão a Cristo, e de comunidades
que sofrem violações dos direitos humanos, sentimos o dever – por fidelidade a Cristo
e em comunhão com a Igreja – de dar voz àqueles (principalmente aos missionários presentes
em várias realidades) que denunciam tais crimes: crimes que são contra o homem e contra
Deus. Hoje, graças à RV, em muitas casas brasileiras pode-se dizer “Habemus Papam”.
(CM)