BISPOS PEDEM ELEIÇÕES LIVRES E DEMOCRÁTICAS NA ÁFRICA
Acra, 20 set (RV) - “É necessário garantir a liberdade dos cidadãos africanos
no exercício de seu direito democrático e criar condições justas para a realização
deste objetivo”: é o que afirmam os bispos do Simpósio das Conferências Episcopais
da África e Madagascar (Secam), ao final do encontro organizado com Catholic Relief
Service (Crs) e realizado em Acra, no Gana, na semana passada.
Durante cinco
dias, os participantes debateram o tema "O papel da Igreja na promoção de eleições
pacíficas e críveis na África”, um argumento atual já que, até o final do ano, 12
países realizarão eleições e, em 2012, eleitores de 14 países serão chamados às urnas.
Observando "com consternação" que muitas vezes na África as eleições são manipuladas
para satisfazer os interesses pessoais ou de partido em detrimento do bem comum, o
Secam reitera que "a Igreja, na sua missão profética, tem um papel positivo a desempenhar
no processo eleitoral, seja como "observadora" durante a realização do pleito, seja
na promoção dos valores cívicos para preparar os eleitores às urnas.
Os bispos
identificam as principais causas das violências eleitorais que atualmente se verificam
na África: falta de vontade política de aplicar as reformas democráticas, a gestão
pouco imparcial dos órgãos eleitorais, a inadequada educação cívica dos cidadãos e
a influência negativa externa.
Diante disso, fazem um apelo aos políticos,
para que tutelem o bem comum e deixem de lado interesses pessoais, étnicos e religiosos.
Por fim, fazem votos de que nos próximos meses a África e o mundo sejam testemunhas
de eleições transparentes, críveis e objetivas em todo o continente. (BF)