NAÇÕES UNIDAS APROVAM PLANO PARA SEGURANÇA DE JORNALISTAS
Nova Iorque, 19 set (RV) – De acordo com a Unesco mais de 500 profissionais
das comunicações foram mortos na última década enquanto exerciam a profissão.
Para
conferir mais segurança aos jornalistas e garantir que os crimes cometidos contra
eles não fiquem impunes, participantes de um fórum, que aconteceu na semana passada,
em Paris, fizeram um esboço de um plano de ação.
Além dos assassinatos, o documento
aponta ainda que muitos jornalistas foram assaltados, sequestrados, violentados, intimidados,
perseguidos, presos ou detidos ilegalmente.
O esboço do plano que pretende
dar mais segurança aos jornalistas revela ainda que a maioria dos crimes não estão
ligados com correspondentes de guerra e sim de jornalistas que trabalham em seus próprios
países, muitas vezes em tempos de paz, fazendo a cobertura de histórias regionais.
Os mandantes desses crimes, na maior parte, permanecem impunes.
O fórum, que
reuniu representantes das agências, programas e fundos da ONU, prevê o estabelecimento
de um mecanismo de coordenação inter-agências para lidar com questões ligadas à segurança
de jornalistas e impunidade.
O projeto prevê também a extensão do trabalho
já realizado pela UNESCO para evitar crimes contra os profissionais da comunicação,
incluindo assistência aos países para desenvolver a legislação e mecanismos favoráveis
à liberdade de expressão e informação.
Campanhas de sensibilização serão também
realizadas com os Estados-Membros, da sociedade civil, organizações não-governamentais
e órgãos preocupados com as questões da liberdade de expressão, a segurança dos jornalistas
e o perigo de impunidade para a democracia, declarou a Unesco
O esboço do plano
será apresentado ao Programa Internacional da Unesco para o Desenvolvimento da Comunicação
(IPDC) em março de 2012 e, em seguida, será submetido aos órgãos responsáveis da ONU
em toda a coordenação. (RB)