750 mil pessoas em risco de morrer» de fome e sede nos próximos quatro meses, na Somália.
Organizações católicas continuam a canalizar ajudas para a chamado Corno de África,
onde o número de refugiados não para de aumentar
(14/9/2011) Um relatório das Nações Unidas, citado pela agência Fides, indica que
“quatro milhões de pessoas sofrem atualmente de fome e sede na Somália” e “750 mil
estão em risco de morrer nos próximos 4 meses”. Segundo aquele organismo internacional,
a seca que atingiu o chamado Corno de África, tida como a pior dos últimos 60 anos,
já terá feito “dezenas de milhares de vítimas”, estendendo-se a países como o Quénia,
a Etiópia e o Djibuti, sendo que "mais de metade são crianças”. Organizações católicas
como a Caritas têm procurado responder à falta de condições mínimas por parte das
populações, que devido à falta de água perderam colheitas e animais e não têm alternativas
para sobreviver. Segundo Suzanna Tkalec, assistente do presidente da Caritas na
Somália, o número de refugiados não tem parado de crescer, dando como exemplo o campo
de Ali Addeh, no Djibuti, onde o grupo de deslocados somalis “aumentou de 8 mil para
18 mil”. “Para descongestionar o acampamento de Ali Addeh, o governo de Djibuti
tem a intenção de reabrir o acampamento de refugiados de Holl Holl, fechado em 2006”,
acrescentou a mesma responsável. No que respeita às prioridades de ajuda, a região
de Bay, no sul da Somália, é vista como um ponto fundamental. Segundo o relatório
da ONU, “o nível de desnutrição é agudo e as taxas de mortalidade superaram o limiar
da fome”.