Kathmandu, 12 set (RV) – No Nepal, a taxa de poluição dos ambientes internos
(IAP) é o quarto maior fator de risco para a saúde da população. Os dados resultam
de um estudo realizado em 2008, última atualização para esse fator, segundo o qual
80% dos nepaleses (20 milhões de pessoas aproximadamente) está perigosamente exposta
a esse tipo de poluição, principalmente nas zonas rurais mais precárias.
Entre
os países mais pobres do mundo, a maior parte do Nepal tem carência de eletricidade
e gás, recursos que acabam sendo comprados da Índia por preços muito elevados. Além
da pobreza extrema na qual vive a maior parte da população, as pessoas têm de conviver
com as fortes conseqüências do efeito estufa e da fumaça tóxica produzida pela combustão
inadequada de madeira e biomassa. E são justamente esses dois elementos que são considerados
como os principais agentes do aquecimento terrestre.
Segundo uma pesquisa recente
publicada pelo Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento e pelo Banco
Mundial, a cada ano, os países industrializados queimam 730 milhões de toneladas de
combustível para uso doméstico, liberando na atmosfera diversos tipos de gases de
efeito estufa.
Ainda de acordo esse estudo, nas zonas próximas a geleiras,
como é o caso do Nepal com o Himalaia, já existe comprovação de que a fuligem está
acelerando o derretimento do gelo, causando uma complexa deterioração do ambiente.
(ED)