Preparar-se juntos para a paz enfrentando os grandes desafios da humanidade
(11/9/2011) O empenho pela paz que nunca deve faltar, concretiza-se na capacidade
de enfrentar os grandes desafios que estão diante da humanidade: a globalização, a
questão ambiental, as migrações, a crise económica. È o que escreve o Papa na mensagem
enviada ao meeting inter religioso promovido pela comunidade de Santo Egídio que decorre
em Munique. O texto da mensagem de Bento XVI foi enviado ao arcebispo daquela arquidiocese
alemã Reinhard Marx. Nunca devemos diminuir os nossos esforços comuns pela paz.
Por isso as múltiplas iniciativas no mundo inteiro, como o encontro anual de oração
pela paz da Comunidade de Santo Egídio e outras iniciativas semelhantes, têm um tão
grande valor. O campo no qual deve prosperar o fruto da paz –prossegue a mensagem
do Papa – deve ser sempre cultivado. Muitas vezes não podemos fazer nada mais senão
preparar incessantemente e com tantos pequenos passos o terreno para a paz em nós
e á nossa volta, também pensando nos grandes desafios com os quais se confronta não
a pessoa singularmente, mas a humanidade inteira, como as migrações, a globalização,
as crises económicas e a salvaguarda da criação. Em conclusão – salienta Bento
XVI – nós porém sabemos que a paz simplesmente não se pode fazer mas é sempre um dom.
Precisamente por isso – escreve o Papa – é necessário o testemunho comum de todos
aqueles que procuram a Deus com coração puro, para realizar cada vez mais a visão
de uma convivência pacifica entre todos os homens. Desde o primeiro encontro de
Assis há 25 anos – explica ainda o Papa – houve e existem muitas iniciativas para
a reconciliação e a paz que enchem de esperança, infelizmente porém também muitas
ocasiões perdidas, muitos passos para traz . Actos terríveis de violência e terrorismo
repetidas vezes sufocaram a esperança da convivência pacifica da família humana na
aurora do terceiro milénio, antigos conflitos dormem ou explodem de novo e a eles
se juntam novos recontros e novos problemas. Tudo isto – é a conclusão de Bento
XVI mostra-nos claramente que a paz é um mandato permanente a nós confiado e ao mesmo
tempo um dom que se deve invocar. Nesse sentido, possam o encontro pela paz de Munique
e os colóquios que aí terão lugar contribuir para promover a compreensão recíproca
e a convivência, preparando assim para a paz um caminho sempre novo no nosso tempo.